quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Pés de Princesa




Os pés dela são pequenos...
Pequenos...
Delicados, todo lindo dentro do salto,
Muitas vezes liberto,
Controlo-me para não apalpá-los
Em uma prolongada massagem.

Fico imaginando como seria sensacional colocar calmamente
Em seus pés um sapatinho de cristal.
Lindas pintinhas que esconde-se na sola de seu pé,
Descobrir seu sinal peculiar é como descobrir um segredo.
Pés de fada,
Parece pisar com zelo,
Como se o chão não sentisse o peso de seu formoso corpo.

Os pés dela são pequenos...
Tão lindos,
Lembro-me de ver outro assim só quando menino
E com princesas sonhava.
Ao adultecer vejo de forma real,
Pés lindos,
Perfeitos,
Ao alcance dos dedos,
Pés que desejo como um troféu.
Sustentando as curvas e beleza de uma verdadeira princesa,
Que com seu  sorriso desmonta o mundo
E me faz esquecer a tristeza.

Os pés dela são pequenos
E encanta-me a idéia de tocá-los,
Bem suave,
Pois os mesmo se mostram tão delicados.
Não sou nenhum príncipe encantado,
Mas deste verme sou rival
E de forma discreta e leal,
Oferto-lhe e calço-lhe o mais belo sapatinho de cristal.


Diogo Ramalho


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Se


Se ela pedisse,
Eu seria bem mais,
Invadiria sua vida
E mostraria o amor negado aos mortais.
Se ela pedisse eu a quereria bem mais,
Mas o mundo e as diferenças sussurram em meus ouvidos:
Jamais!


Se fosse eu um louco,
Não resistiria mais,
Te roubaria o coração
E te apresentaria para meus pais.

Mais amor eu te daria,
Sempre versos,
Uma vida feito poesia.

Se ela quisesse,
Eu encontraria a paz
E da esbórnia o boêmio sai,
Sossego para quem já não sabe o que faz.

Corpo e mente leves,
No intento de que a brisa passe
E o vento sopre o mal e a inveja
E que nossa junção seja eterna.

Se ela pedisse,
Eu estaria lá,
Sempre ao seu lado para quando precisar.

Se ela quisesse, Se ela quisesse...

Nosso mundo seria completo
E o amor teria terreno fértil
E seriamos somente amor,
Se ela quisesse...



Diogo Ramalho

Cordas e galhos



Esquece tudo que te joga para trás,
Quero apenas começar outra vez,
O que não sabemos o destino nos mostra,
Na cara, como um cartaz.

Só quero tudo outra vez,
Os lábios devorando lábios
E a mente não pensa mais.

E os dias passam
E acredito que ressuscitarei
O infartado amor outra vez.
Invades meu pensar todos os dias do mês,
Tomando posse do coração
Que clama por tudo,
Mais uma, duas, três, três mil vezes.

Um balão enfeita o céu quando o sol se vai,
Carros depressa, com pessoas a se preocupar.
O sossego me rasga o peito e me ensina a viver.
O que foi ficou!
A brisa leve que ao passar do tempo em uma tempestade se transformou.

Um filme mudo passando diante do nosso sonhar,
Sorriso acanhado
E uma gota do mar escorre do meu olhar.

Transeuntes andando,
Todos cantando sua dor,
Eu sou feliz mais uma vez,
Pessoas e pedras a se encontrar.
Lendas e histórias a se confirmar.

O príncipe encantado se preparando para se enforcar.

Diogo Ramalho


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

As possibilidades de meus versos



Versos para a musa que inspira,
Depois beijos e versos recompensados,
Mas isso é uma mentira.
Não é assim comigo.
Não há a quem deixar meu legado,
Garranchos em papeis amarelados,
Devorado por formigas,
Ou traças,
Ou formigas e traças, junto com cupins.

Pedacinhos pequenos,
Com carinho recortado pelas presas dos insetos,
Um verso,
Uma estrofe,
Uma folha inteira.

Não importa,
Já que nunca poderei entregar-me,
E o erro foi meu mais uma vez.

Sou só sonhos,
Vivo um sonho,
Mas tenho sonhado um sonho que me é estranho,
Um sonho que não me pertence.

Versos,
Meus versos,
Sem musa é impossível,
Como escrever um livro sem verbos.
Cadê a musa de meus versos?
Cadê aquela que só de ouvir a voz,
Meu coração salta no peito,
Que me faz ouvir uma canção suave,
Que é tão presente em meus pensamentos de fim de tarde
Que ela quase se materializa.


Sigo a escrever sobre aquela,
Que existe apenas nos meus mais singelos rabiscos poéticos,
Sem esperar,
Pois o tempo nos consome no fardo da espera,
E há em meu espírito uma centelha que
Traz-me esperanças e descarta velhas idéias.

Sou o sonho de todos os Romeus perdidos,
A flauta doce que toca fantasias em Fá sustenido.
O sorriso discreto para a dona de meus versos mais bem escritos.

Sem musa é impossível...
E no meu peito o amor invade,
Enchendo minha alma e se libertando através de um grito,
Que insulta os ouvidos daqueles que vêem o amor como algo a ser reprimido.

Sem musa é impossível...
Impossível...



Diogo Ramalho

sábado, 24 de agosto de 2013

O mensageiro de Satã


Minha mentira sempre foi sincera e correta,
Enquanto meus atos erram sem pudor.
Minhas atenções eram somente para você,
E seus sentimentos voavam por entre as grades da janela.

Aviões sobrevoam meus sonhos,
Aterrorizando meu mundo de fantasias,
Inevitavelmente se transformam em pesadelo,
Me atormentando as idéias e o juízo.

Fui desprovido de toda minha paciência,
Leprosos lavam suas feridas com a água fétida do grande rio,
Sendo observado por sua nova comparsa.
Algo sombrio e tenebroso envolve meu coração.

Dedicando meu tempo para absorver
Um conhecimento maligno e traiçoeiro,
Para uso amoroso e paranóico,
Todos tramam nas minhas costas.

Conspirações? Não!
Conspiração,
Apenas uma grande conspiração.
Aproveito para admirar tulipas...

Admirável mundo...
Já dizia o Senhor Selvagem
E eu tomando suas palavras repito e completo,
Em alto e bom som:
Admirável mundo...
Admirável mundo novo...

16/06/2009


Diogo Ramalho  


Soldado leal



O mundo se torna pequeno quando
A caminhada é feita pela motivação.
Quando se caminha na direção do sol
Atravessamos desertos e lagos.

A morte espreita os viajantes
E recruta os melhores para engrossar
As fileiras de seu exército
Dando ensinamentos e percepções antes desconhecidas.

Voei por entre serras e casas,
Dei ordem aos meus subordinados
E obedeci minha dama ceifadora.

Na próxima curva ela pode está à espera,
Ela ou um de seus leais soldados.
Tremei filho das escrituras.

Pois em seu encalço há um exército
Pronto para abatê-lo.
Nesse mundo irá ficar o vazio de sua presença,
Sorte para um,
Azar para outros.

Uma caçada ao animal humano,
Em plena luz do dia,
Pelo vale das almas pobres.
...Caminhada longa,
Parece curta quando se faz sem medos
E cheio de desejos.

Não me deram escolhas,
Sem opções
Fiz o que minha dama quis,
Mais uma alma enviada para o Tártaro .

Condenado pela eternidade a levar uma pedra ladeira acima,
Apenas para apreciar a mesma rolar morro abaixo,
Vigiado pelos olhos alertas da Fúria,
Que com chicote em punho observa os condenados
Do alto de sua torre.

Fui instrumento de minha dama,
Fui o herege que rasgou as páginas do livro.
Um soldado nunca pode dormir,
E espero o dia em que o sangue de meus inimigos
Nutra o chão com sua cor rubra.

Hoje já não posso mais voar.

14/07/2009


Diogo Ramalho

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Sobriedade vá embora




Já faz algum tempo que a realidade já não me é atraente
E devido a isso sempre procuro meios para não está sóbrio.
Todos tentando me convencer do contrário,
Que tudo está do jeito que deveria ser,
Bom e belo.

Tudo que faz do mundo um bom lugar está longe dos seres humanos,
Viver em comunidade é se matar em pequenas doses.

Já faz algum tempo que as pessoas não me são atraentes,
Todos cheios de opiniões e críticas,
Nada de benéfico nas relações.
O interesse pessoal move o mundo,
Mas o discurso é sempre pelo bem maior ,
Tudo em prol do coletivo, mas nas ações acaba
Objetivando apenas o próprio umbigo.

Já faz algum tempo...
Como faz para sair desse sistema?
Pular fora dessa ordem social,
Onde as pessoas economicamente ativas são os pseudos-protagonistas.

Já faz algum tempo...
Ouço vozes que ecoam
E a frase que me dizem é apenas uma:
“É tudo mentira”! Tudo.
Vivo uma realidade que não foi construída por mim
E meus algozes tentam me fazer crer que sim,
Mas continua sendo tudo mentira.

Já faz algum tempo...
Que a sobriedade não me atrai
E a realidade tem estado cada vez mais distante.
No alto do mais alto prédio está empoleirada minha loucura,
Lá do alto ela grita amores e palavrões,
Pisando na beira,
Olhando audaciosamente para baixo,
Até que em um dado momento
O espaço vazio entre o alto e o chão se torna atraente
E no fim o que resta é a entrega.

Já faz algum tempo...



Diogo Ramalho

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Tem vergonha / Sem vergonha



Mesmo sem jeito chego
E com um pouco de vergonha me aconchego,
Mas as vezes me faltam seus braços.
Tenho vergonha,
Mas quando tenho-te por perto,
Fico inquieto e minhas garras ficam prontas para mostrar-se.
Enquanto estes versos escrevia,
Minh’ alma rosna o desejo  que insistentemente o invadia.
Meus braços de polvo envolve seu corpo.
Que juntando-se ao meu,
Carinho,
Tapas,
Gozo...
Ao vestir-se
Rasgo sua roupa
E numa agonia louca recomeçamos
E sou seus cabelos,
Tu és minhas mãos,
Possuo teu corpo
E tu meu coração.



Diogo Ramalho

Dream



Vou sonhando,
Antes que possam perceber,
Vou amando antes de você esquecer-me.

O peito em um leve arfam,
Os sonhos melindrosos fogem de uma inevitável manhã.
Os pés no solo...
Os pés no solo...
Não sou o mesmo que ontem saiu à rua.

Passo firme,
Sorriso largo,
O mundo triste
E eu sou a alegria do palhaço.

O espetáculo não acabou,
Só finda quando a alma o corpo desabita,
A morte simples com sua foice e um belo vestido de chita,
Espreita,
Espera,
Enquanto ela não chega vou me preocupando apenas com a saudade que tenho dos beijos de minha conquista poética.

Nada pode alterar meus sonhos,
Pois nele sou senhor
E a realidade o reflete de forma opaca,
E do futuro não posso dizer nada.

Antes que percebam,
Vou finalizando meus versos,
Reticências de um sentir cheio de promessas.



Diogo Ramalho

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Olá querido inimigo



Como pode permitir
Que por conta de carência dos outros alterassem o seu sentir?
Sempre servindo de apoio e imbuída de uma enorme compreensão,
Preferiu a companhia das pessoas que se dizem amigas
E durante a madrugada sofre com as dores no coração,
Acreditou que estavam certos e pagou para ver.

Muitas vozes, várias sugestões,
Conta-se nos dedos quem quer seu bem,
Todos sempre interessados no que se tem,
A oferecer, a se conquistar.
Um circulo de amigos que só querem te sugar.

Como pode permitir
Que o mundo e suas facilidades conseguissem te iludir?
Uma vida repleta de conversas fiadas e interesses,
Todos cheios de elogios
E em surdina preparam o golpe de despedida.

Nada de sugestões,
A vida você mesmo faz,
Sem falso apoio,
Sem permitir a aproximação de seus algozes sorridentes.

Como pode permitir?
De onde está não consegue mais sair,
Sempre olhando para os lados perdida
Enquanto procura um caminho seguro para seguir,
Mas não irá conseguir sair do lugar enquanto não se livrar
Das pedras que você mesmo colocou no caminho.

Não permita,
Não permita,
Olhe para os lados,
Reconheça,
Se livre
E siga a vida.




Diogo Ramalho

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Tempos moderninhos



Cansa-me a idéia de teletransportar-me,
Já não há a paisagem intermediaria,
Em pensar que sempre odiamos o percurso,
Agora que não o há,
Todos sofrem por não saber a direção que se vai,
Estou aqui,
Estou lá,
Em instantes,
Sem esbarrar nos transeuntes,
Sem olhar as moças de saias assanhadas
Que balançam com o vento e o caminhar.
Futuro individualista que tem por objetivo nos segregar.

Velocidade alucinante,
Horas que são minutos
E o que sinto é apenas um código binário
Em uma tela qualquer.

Máquinas para me enganar,
Companhia programada para me agradar,
Sempre gentil,
Serviçal,
Não quero parafusos e circuitos,
Quero o elo natural,
A companhia do ser humano,
Eterno animal,
Por mais que diga que não,
Sempre estraga tudo com sua consciência pseudo-racional.


Diogo Ramalho


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Não se preocupe meu bem



Não,
Não se preocupe comigo,
Sou alguém que tem constantemente o coração ferido.
Culpa de minha sensibilidade meio tapada.

Até a pouco tudo que havia aqui dentro era desconhecido,
Por excessos e delírios o que era segredo
Foi por todos conhecido.

Mas disfarço bem
E as pessoas não costumam dar atenção
Ao que meus versos gritam.

Não,
Não se preocupe comigo,
Tudo que preciso já sinto,
Sem necessidade de explicações.

Pulsa o contente coração
Que segue irradiando carinho.
Bate forte
Por sentimento nobre
Que incomoda as pessoas
Todas com seus antolhos.

Todos olhando para frente,
Sempre para frente...

Enquanto ando contemplando a paisagem.
Vou seguindo
E você não precisa se preocupar comigo.

Sou apenas um cretino poeta que vive a complexidade de meus delírios.

Diogo Ramalho



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Um outro futuro




E se fosse diferente,
Sem armas ou agressões,
Um mundo justo de verdade.

O mundo um local seguro,
Onde tudo de errado ficasse em um passado obscuro,
Mas não esquecido,
Os erros precisam ser lembrados
Para não repetirmos

Estado de espírito superior,
Onde se valoriza o bem interior
Em detrimento ao material,
Que serve apenas para nos fazer brigar.

Um mundo embebido em chá de camomila,
O negativo se rejeita
E a sociedade envolta em uma bondade
Em que tudo é certeza
E ninguém se engana.

O mundo tendo sua história escrita em versos,
Escrita por todos,
Com verdades e sem excessos.

Na rua o profeta feliz por sua visão ter dado certo,
Não é considerado louco
E acabaram-se os protestos!
Acabem com esse velho! Acabem com esse velho!

A paz, essa é droga de todos,
Meu vicio que independe dos outros,
O mundo todo sobre seus efeitos
E as pessoas...
Tranqüilas pois tudo parece perfeito.

E se fosse diferente...


Diogo Ramalho

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Não é amor, mas é especial



Apenas as luzes das velas nos mostram um ao outro,
Minhas mãos são maiores que as suas,
Seu beijo é ardente como nunca antes havia provado,
Meu coração é escravo de toda sua vontade.

Somos os dois embalados pela dança dos corpos
Onde o ritmo se marca pela respiração ofegante,
Tudo que sinto pulsa dentro de ti
Enquanto ferve em eu conhecer você,
Sem amor,
Nem paixão,
Apenas amantes da situação.

O mundo anda tão carente,
Espero que não se incomodem com nossa efêmera felicidade.
Pois tudo que é bom chama atenção
Mesmo que não exista nada em nossa união.

Apenas o encontro feliz de almas que compartilham o bem estar de estarem vivas,
Juntas sem amarras,
Satisfazendo a libido que surge,
Algumas chamas se apagam,
Somos quase sombras,
Ela se fazendo de donzela e rindo,
Eu como um gigante atrevido roubo-lhe o fôlego,
Somos afeto, amantes sem nos amar...
Apenas a vontade para saciar
E a entrega é cheia de selvageria,
Mordidas,
Unhas e costas marcadas,
No fim restam os corpos inertes sob a cama molhada
E o olhar dos curiosos que espreitam pelos muros das casas para saber
Quem restou dessa guerra,
Onde não há inimigos,
A se combater apenas a libido.



Diogo Ramalho

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Não ferir a própria carne



Como veio,
Ele vai,
Versos e beijos que não voltam mais.
Carinho que triplica.

Um sentimento recua,
Esconde-se por trás de palavras curtas
E sorrisos.
Sorria!

Não é estranho,
Sempre fomos eu e apenas eu.
Estranho é ser tomado por uma sensação de paz,
Para logo após se sentir amargo.

Aonde vão os sentimentos depois do despejo?
Todos tão forte,
Uma sentimentalidade em sua forma bruta,
Sem filtro.

Como veio,
Ele vai...
Pesado,
Pensando,
Sozinho,
Correndo o perigo de ser engolido pelas lembranças que saltam da taça de vinho.

Com meus sonhos à noite brigo,
Por quererem-te tão bem,
Quem sabe o que acontecerá na noite que vem.
Como veio,
Ele vai...
E não consigo mais ouvir ninguém.

Um universo livre,
De corações presos
Aos delírios do mundo!


Diogo Ramalho



Imagens ou La pasion



Um copo,
Dois copos,
Três copos,
Quatro corpos...
Minha consciência foi embora,
Puro instinto,
Loucura excessiva,
Lembranças?
Não há, não há...
Depois que Angel me passa o copo e diz:
Cuidado com La pasion!

Onde foi parar a memória que tava aqui?
Dissolve-se no ar como a fumaça de seu cigarro,
Restando apenas a escuridão.

Um copo,
Dois copos,
Três copos
E meu segredo se liberta como um furação cheio de fúria,
Traído por La pasion...
Bem que Angel avisou.

Um corpo,
Dois corpos
E a certeza que depois de tudo
Nada será igual,
Pois reverbera pelos ares
Os meus desejos íntimos
Que sem pudor
E desinibido fiz questão de expor.

Cuidado, disse Angel,
Culpa minha? Não!
Angel disse:
Cuidado com La pasion!
Não dei ouvidos.


Diogo Ramalho