terça-feira, 20 de agosto de 2013

Olá querido inimigo



Como pode permitir
Que por conta de carência dos outros alterassem o seu sentir?
Sempre servindo de apoio e imbuída de uma enorme compreensão,
Preferiu a companhia das pessoas que se dizem amigas
E durante a madrugada sofre com as dores no coração,
Acreditou que estavam certos e pagou para ver.

Muitas vozes, várias sugestões,
Conta-se nos dedos quem quer seu bem,
Todos sempre interessados no que se tem,
A oferecer, a se conquistar.
Um circulo de amigos que só querem te sugar.

Como pode permitir
Que o mundo e suas facilidades conseguissem te iludir?
Uma vida repleta de conversas fiadas e interesses,
Todos cheios de elogios
E em surdina preparam o golpe de despedida.

Nada de sugestões,
A vida você mesmo faz,
Sem falso apoio,
Sem permitir a aproximação de seus algozes sorridentes.

Como pode permitir?
De onde está não consegue mais sair,
Sempre olhando para os lados perdida
Enquanto procura um caminho seguro para seguir,
Mas não irá conseguir sair do lugar enquanto não se livrar
Das pedras que você mesmo colocou no caminho.

Não permita,
Não permita,
Olhe para os lados,
Reconheça,
Se livre
E siga a vida.




Diogo Ramalho

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