quinta-feira, 31 de julho de 2014

Um

Sinto-me mal.
Mas finjo está tudo bem
A vida doce como mel.
O que você é
Não é o que vêem,
Uma vida
E nada mais
Um segredo
Que me faz
Morto por dentro.
O grito!

Eu me desaponto
Por achar-me maligno.

Um dia
Para se sentir um verme.
Um!
Não é errado sentir,
Ainda mais quando é  nobre o que se sente.
Não sou nenhum  Jesus,
E a vida segue
E eu vou atrás.
Apenas no fluxo,
Meio deslocado
E sempre me sentindo observado
Como alguém que não se ajusta.

Um a vida!
E um dia para se sentir mal,
Nos outros finjo
Finjo.

Para meus pais,
Filhos
Familiares
Irmãos!



Diogo Ramalho

Volta

Não se volta o tempo,
Nem se retrocede na jornada.
Adiante vou errar menos,
Pois não posso voltar ao passado.
Ei,
E se você pudesse voltar?
Erros passados fazem de você o que você é hoje
E  eu não voltaria atrás
Pois acho que aprendi com os fatos.

Ei,
O que você faria?
Quem encontrei,
Quem se fez de amigo,
Quem somou forças.

E hoje sei que tudo isso me fez o que sou hoje
E vou seguir adiante.
Consertando no seguir,
Porque não dá para parar ou tentar se redimir.
Não há remendos no passado.
O futuro é que vai dizer o que você fez
E o mundo será  dos que ousaram
Porque só se pode contar consigo mesmo no final das contas.

Solitário homem que escreve sua história
Com as ações de seu pensar.



Diogo Ramalho