quarta-feira, 9 de março de 2011

Um universo entre o setor de diversão


Entre o Conic e o Conjunto Nacional,

Há o pior quadro pintado pelo Estado.

Se fossem nomear a horrenda obra,

O nome provavelmente seria:

O descaso abraça o abandono

Ou...

O nascimento do exército de Viramundo.

Exército esse que marchará até a praça dos três poderes

E de lá ameaçará a ordem

E derrubará o poder desse sistema torto.

Fabricante de indigentes e viciados pelo domínio,

Que escraviza e destroem a vida de milhares

Pelo capricho de alguns poucos senhores.

Mas a cidade é a capital da esperança.

Esperança de que?

Esperança para quem?

Entre o Conic e o Conjunto Nacional

Há árvores que escondem debaixo de suas copas a pobreza

Que a cidade não quer ver,

Mas que desfila sua miséria pelas plataformas da rodoviária.

Entre o Conic e o Conjunto...

Um universo inteiro de degradação e outras mazelas,

Não surge um herói para buscar a paz.

A cidade moderna segue os passos de suas velhas companheiras,

Um levante de mendigos ainda tomará a cidade,

Todos com pedras nas mãos

E quando isso acontecer,

Não digam que eu não avisei!

Diogo Ramalho