quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Levante Poético




Levante poético em apresentação no projeto EmTenda, em Olhos D'água - Go, no dia 26/01/2013
Na foto: Diogo Ramalho, Gilwillian Anselmo, Altair Chaves e Emerson Barros

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Conselho para mariposas


Bate as asas e esconde-se de toda luz forte e brilhante,
Pois toda armadilha é bela e chamativa...

Diogo Ramalho



Rat für Motten

Bate Flügeln und blendet alle hellen und hell,
Für jeden Falle ist schön und Blickfang ...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Aqui Jaz a verdade




Quantas verdades morrem
Com métodos contra-conceptivos?
A cada estocada uma visão de horror.
Mentiras forjadas a golpes de marreta,
A vida se extingui no fundo do coador,
Uma argola é retirada do âmago,
Uma vida se extingui junto com a verdade,
Há algo que teima em nascer, 
Mentira!
Há algo que deseja nascer, 
Mentira!
Há algo que precisa nascer.
Mentira!!!! Mentira!!!!
Ela chega de mansinho e nasce
Nove dias depois do ato executado,
Prematura, coitada, nasceu sem querer.
No lixão próximo a cidade jaz a verdade
Embrulhada para presente,
Dividindo espaço com lixo orgânico,
Um bebé abortado
E  um político honesto.
Enquanto isso do outro lado da cidade
A mentira cresce forte, saudável e contente,
Até que um dia ela não conseguirá
Fugir por causa de suas pernas curtas
E enfim teremos a verdade suja
E fétida revelada,
Mas será a mais pura verdade.

Diogo Ramalho

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Quebro seu dedo



Não me aponte o dedo
Sem antes se olhar no espelho,
Sou cheio de defeitos
E você não é perfeito.
Sempre preocupado em criticar minhas ações,
Mas eu sou tranqüilo sei das minhas limitações.
Por onde você anda insisti em me destruir,
Fala, xinga, berra e insiste em denegrir,
Minha imagem, meus versos e também minhas canções.

Fazer mesmo, não faz nada
Sabe apenas inventar,
E se achar ruim,
Se prepare pra atacar,
Lutas verbais,
Palavras vazias e nada mais,
Uma pitada de palavrão pra provocar,
Não vou sair do sério,
Pois hoje eu quero paz
E nada vai me impedir
De ter um dia calmo e sem preocupação,
Se não ficar na sua vai ver o que vou fazer,
Me aponte o dedo que eu vou quebrar você.

Sem dó,
Sem pena,
Depois de te quebrar
Ainda te dedicarei um poema,
De ódio, rancor
E elementos de vingança,
Tudo pra você,
Tudo pra você
Que insiste em não me esquecer
De uma forma ruim.

Já disse pra não me apontar o dedo...
Não aponte...
Parti pra cima!

Diogo Ramalho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Huuuuummm...






Está na ponta da língua,
Quase pra sair,
Mais esqueci a palavra que queria discutir....
Começo um assunto sobre lesmas e musgos
E encontro uma estranha conexão com satélites em órbitas, o fofão e uma fábrica de sucos.
Não...Não...Não há luzes girando ao redor de sua cabeça,
É apenas uma viagem que está a acontecer,
Sorriso frouxo, agitação,
Passa logo, passa goma
E deixa de lado a tensão,
Finda o jacaré,
Pontinha na ponta dos dedos amarelados,
Uma piteira agora seria um bom achado.
Boto fé,
Sóóóóóó...
Pode crer.
Se descobrem o que fazemos
Seremos marginais,
Eu e você,
Na rua lá de casa todo mundo vai falar,
Otário é quem acha que vou me importar,
Satisfação é algo que não devo a ninguém,
Não atrapalhem meu caminho,
Posso mais, vou além.
Cadê? Cadê, aquela informação,
Está em algum lugar,
Calma aí deu brancão!
Se não me lembrar,
Não se preocupe não dá nada,
Pra continuar o assunto te conto uma piada
E emendamos tudo com um belo som,
Um rango e um vinho seria tão bom.
Está na ponta...
Na ponta da língua...
O que era mesmo que eu ia falar?
Esqueci, então deixa pra lá!


Diogo Ramalho

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

P.E.A


Ao ver mais um dia nascer,
Percebo que tudo será igual ao dia que passou,
Pessoas boas dominadas por pessoas más.
Desejam apenas um final tranqüilo,
Onde haverá sossego
E seus esforços serão recompensados.
Mais o sonho se tornou algo distante,
No instante em que fugi do mercador de almas,
Aquele que nos fez duvidar da vida,
Poucos questionaram,
Fomos jogados no limbo,
Sem direito a existir.
Por não pedir desculpas,
Por não agradecer,
Por não aceitar ser um servo.
Não há vida em um cotidiano rápido,
Não vemos o passar do tempo,
Apenas trabalho, trabalho
E ao abrir os olhos numa manhã nublada
Estou velho.
Futuro?
Previsível,
Labuta diária,
Futuro?
Só se for amanhã...
Sem querer o pensar,
Pois a maioria não sabe como.
Sabendo que não há perspectiva,
Sem planos a longo prazo,
Vivendo agora,
Para pagar contas sem parar,
Sempre presos a dívidas que não precisamos
E consumir usando o dinheiro que não se tem.
O dia amanhece novamente e lá vem o mercador
Com suas grandes ofertas
E mais uma alma se perde
Ao se tornar uma pessoa economicamente ativa.

Diogo Ramalho 

Já é tempo






Já é tempo de acalmar o coração,
Raivas e angustias não podem dominar-me,
O Impulso de abrir o peito para os sentimentos disponíveis
Trouxe uma maior compreensão sobre as pessoas
E como devo me relacionar.

De tempo em tempo recebo noticias suas
E alegro-me por saber que passas bem,
Pergunto-me se ainda faço parte de algo que existe aí dentro.
O amor só é bom se tiver alguém para compartilhar
E olhar para trás me mostra que já não posso dividir o que sinto.

Talvez um dia eu acorde pela manhã
E de forma mágica desaparecerás do meu coração,
Restando apenas as lembranças de tudo que fomos.
Talvez um dia...
Quando eu tornar-me discípulo do desapego.

Até lá irei seguir-te,
Apenas para ficar um pouco mais perto,
Apenas para matar a necessidade de ver-te.
Inventando desculpas descabidas para falar-te
E embriagar-me com qualquer palavra que saia de sua boca.

Antes vivíamos a descoberta da rebeldia
E abusávamos da juventude,
Hoje, sou o adulto inconseqüente
Enquanto tu trilhas um caminho em que eu não consegui lhe acompanhar.
E meu amor que antes me nutria,
Agora me machuca,
Porque não há você
Porque não há...

Porque ontem eu era o cara mais feliz do mundo,
Vivendo uma eterna primavera,
Onde todos eram bons e belos.
Depois que se foi,
O mundo se tornou um lugar cruel e mesquinho.
Mais não se incomode,
Apenas sua felicidade é importante,
E eu sou mais um romântico frustrado
Que você pensou que rapidamente fosse te esquecer,
Mas não aconteceu!


Diogo Ramalho

Relato de viagem



Sergipe, cidade de Santa Rosa de Lima, dia 06 de janeiro de 2013.

O instrumento inusitado do senhor!


Procissão de São Benedito.