segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Rosas


Rosas!

Uma bela obra da natureza.

O Homem também criou sua rosa,

A Rosa da morte e da dor.

A rosa que pulveriza e destroem.

Nunca mais se viu a rosa

Do Homem,mas sua presença é latente

E suas sementes estão espalhadas e prontas,

Prontas para brotar e matar.

E nos estamos à mercê

Dos loucos e seus botões nucleares

E suas guerras.

Mais haverá o dia que a natureza

Plantará suas rosas nos corações

Dos Homens que fazem as guerras.



Diogo Ramalho

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Poema do amor efêmero


As vidas que hoje se unem em amor dito eterno,

Amanhã estarão separadas

E mal dizendo da sorte que tiveram,

Entao com uma vida mediocre

E um emprego vagabundo e meia dúzia de filhos catarrentos.

Quando chegar no fim da vida em uma cama de hospital,

Terás amaldiçoado todos o cavaleiros andantes das fábulas ouvidas na infância;

E então poderá morrer e descobrir que o verdadeiro amor nunca existiu.


Diogo Ramaho

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Estudantes na via



Carros passam,
A vida segue,
Soldados marcham,
Estudantes manifestam.
As aves seguem seu rumo,
Trabalhadores voltam para suas casas,
Soldados se exaltam,
Estudantes lutam pelos trabalhadores
Que voltam para suas casas.
Carros param no sinal,
Estudantes fecham a via,
Os poderosos tapam os olhos.
E os soldados?
Os soldados agrediam os estudantes da via.
Estudantes correm,
Carros se movem.
E os soldados?
Agrediam os estudantes.
As aves voavam,
Pedras voavam,
Soldados caiam.
Estudantes manifestam.
E os trabalhadores?
Voltam para suas casas.
Diogo Ramalho

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mais fácil você



Por ti não me calo,

Piso em caco de vidro

E uso coroa de espinho.

Por ti sigo o caminho do Inferno,

Cometo sacrilégios,

Peço o abraço da Morte.

Por ti enfrento um batalhão,

Pego projéteis com as mãos,

E até me prego na cruz.

Por ti enfrento Deus,

Mato o Diabo

E castro os anjos.

Por ti arranco meu coração,

Coloco em vossas mãos

A forma física do meu amor.

Tudo isso por ti.

Diogo Ramalho

domingo, 1 de fevereiro de 2009


Quem puder me diga o que é esse pontinho e a importância dele para mim!

Sentimentos que ainda tenho

Sou possuidor de um coração pequeno
E por ser tão pequeno não cabe nele tudo que sinto,
Por isso me reprimo e sobrecarrego meu corpo
De sentimento.Por causa disso me deprimo e me refugio nos cantos escurodos quartos e dos porões.
Me excluo de tudo e principalmente de todos.
Tenho um pequeno coração e um corpo sobrecarregado
E nele não há de caber mais nada.
As pessoas normais não sabem mais o que é sentimento
E por isso carregam seus corações de dinheiro e estresse.
Prefiro ficar sozinho, escondido nos porões da minha mente,
Me deprimido e sobrecarregado meu corpo
Com todos os sentimentos que ainda tenho.