domingo, 23 de dezembro de 2007

Os 12 meses antes do fim

Eu queria tomar banho de chuva,
Mas eu não consigo,
Nunca deixo de tentar.
Penso passar a vida inteira dormindo mais que minha cama de lençóis estampados,
365 dias para viver e eu mato meu tempo em coisas desnecessárias.
O que é realmente fundamental para o ser humano?
Só o que vejo são pessoas querendo correr a frente das outras,
Sem ao menos olhar para trás,
Já não há ninguém para eu pegar na mão,
Quem ficou por aqui, peço que não vá embora,
O que podemos fazer juntos pode ser maior do que qualquer outra pessoa faria sozinha.
Não tenhamos medo, parece bem pior do que realmente é,
Isso assusta e é um problema.
Seremos eternamente jovens em um país de velhos.
365 de vida gasto inutilmente em suposições mesquinhas.
Ainda espero que possamos viver melhor,
Que possamos realmente sentir e parar de analisar o inexplicavel,
Só não use meus pontos fracos para me roubar.
Nada será como antes, o futuro é uma criança fazendo castelos de areia de uma praia deserta, depois que ele se for o tempo cuidará de destruir ou de transformar o que ficou.
365 dias, muito tempo para perder e pouco tempo para se fazer algo.
Diogo Ramalho

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Última morada

Já faz algum tempo que venho percebendo que ela está cada vez mais próxima,
Quando ela começou a se aproximar eu não havia prestado atenção em seus sinais.
Primeiro ela pegou estranhos que passeavam do lado de meu trabalho,
Depois que sai do emprego comecei a sentir que ela continuava atrás de mim,
Foi chegando de mansinho e sorrateira,
De repente ela pegou os companheiros de meus companheiros e assim foi perdendo o receio de me ter, de me pegar.
Foi atrás dos amores de meus companheiros e por fim só restou eu.
Não há mais desculpas nem de quem ir atrás,
Ela está no catarro de meus pulmões, na fumaça que invade minha mente, no álcool que corre em minhas veias, no sangue que se acumula e faz uma grande bola vermelha no canto do meu olho.
É ela está perto demais, posso sentir o seu cheiro e ouvir as vozes das infinitas almas me chamando.
Seu dedos cadavéricos abraçam meu corpo e minh'alma vai rompendo o casulo que foi sua ultima morada.
Avisem a todos meu companheiros, o inferno tem um novo hospede.
Diogo Ramalho

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O olho que tudo vê

Na noite mais escura,
Tão escura que os vultos traiçoeiros não podiam ser vistos,
Tudo era simplesmente silêncio.
Mesmo assim “ele” morando do outro lado da cidade,
Acorda e tem a pior visão que sua mente podia produzir...
...sem saber o porquê de tudo aquilo ele vê no fundo de sua mente
Um amor e um amigo, se unido em um só entre sussurros e gemidos,
Ele acordado e ela do outro lado entregue alheia ao que ele vê.
Deitado no chão do quarto não entende como pode saber o que se passa
Em local distante, ele simplesmente sente, sabe e tenta não chorar.
Sempre soube de seu dom, sempre percebeu que era diferente,
Mas nunca quis usá-lo dessa forma.
Os vultos traiçoeiros se enlaçam em uma linda dança,
Ele tenta fechar os olhos, tenta não ver, tenta não enxergar o que sua mente mostra
Fechar os olhos é inútil,
Tudo está dentro de suas órbitas oculares.
Depois de um tempo o silêncio volta a reinar e nada mais pode ser visto,
As lágrimas secam e ele enfim pode encostar a cabeça no travesseiro e dormir.
Sem medo de acordar, pois ele sabe que tudo acabou.
Maldito seja o dia em que ele descobriu que poderia ver o que ninguém mais via.
Maldito foi o dia em que ele descobriu que ele era o olho que tudo vê.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Pedra sobre Pedra

Parece medo,
Atravessar a linha do horizonte é difícil para alguns
Que acreditam que atravessar o horizonte é o fim,
Ledo engano, depois do horizonte só há mais horizonte,
É como caminhar infinitamente para algo impossível,
Nunca se consegue chegar, mais podemos nos aproximar,
Chega a ser utópico, durante a empreitada se atravessa mares, morros, Montanhas e outros obstáculos que depois chamamos orgulhosamente de conquistas!
Parece medo e na verdade chega a ser medo mesmo,
Algumas pessoas temem abandonar o que inevitavelmente poderiam conquistar pelo simples medo de mudar ou de conhecer o novo.
Não há fuga, ninguém sai dessa vida sem cicatrizes, físicas ou psicológicas,
É como viver em uma redoma de vidro sem manter contato com nada.
O seres humanos evoluíram tanto e a cada dia que passa se tornam mais irracionais, talvez devêssemos tentar a auto-destruição para vê se dessa vez as coisas darão certo.
Levante-se, deixe a inércia e siga para um mundo de glórias a nossa espera,
O medo nada mais é que um limitador.
Parece medo?Não parece mais, somos todos heroís de um falso mundo em paz.
Diogo Ramalho

domingo, 18 de novembro de 2007

Perdido no Espaço

É preciso se ter consciência de que o mundo é maior do que a cerca do quintal de casa.
Não há a menor chance e possibilidade do mundo parar de girar e esperar as pessoas que ficaram pelo meio do caminho,
Triste de quem pensa que o passado pode ser reconstruído,
Os muros do presente só nos permite olhar para frente,
Há uma infinidades de novas oportunidades e de coisas a serem conquistadas,
Não podemos ficar esperando que a sorte retorne e nos de mão beijada aquilo que por puro egoísmo ou mesquinhez jogamos fora,
Só perceberemos a perfeição da Terra quando perdemos o azul da esfera
E de longe em um asteróide qualquer veremos o fim majestoso do Planeta que um dia chamamos de lar.
Todos nós, seres humanos mais perdidos do que nunca,
Sem lar, sem Terra, sem amores e com a esperança de dias menos piores.
Apaguemos de nossas memorias as cercas e os quintais,
E lembremos apenas das estrelas e de nossa nova casa
E de que agora estamos eternamente perdidos no espaço.
Diogo Ramalho

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Selva de Pedra

Meu passado me persegue
Como uma grande nuvem cinza pairando sobre os arranha-céus.
Unhas invisíveis arranham minh'alma,
Dissolvo meus espiríto e meus medos nas águas sujas
Dos rios paulistanos, com calma, com dor.
A poluição externa lava minh'alma.
Depois do meu mergulho externo, interno
Me descubro forte,
Renascido como a Fênix
Alçando voos cada vez mais altos,
Tentando exacerbadamente me entregar ao meu novo eu.
São tempos de paz, sem guerrilhas minando meus pensamentos.
Chegou a hora de parar de ruminar o passado
Engolir em seco e gerir o caminho,
Solidão é um estado de espírito
E ao contrario do pensamento pessimista que tenho,
Sozinho eu não estou e minha arte me completa.
Não importa como meu espírito esteja
Radicalismo para uma vida melhor,
Agora penso que tudo poderia ser pior,
Mas não foi então a vida continua
Parar é que não pode,
O mundo não espera...
E ele não espera mesmo!

Diogo Ramalho

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Vale a pena ver de novo

Será mesmo que vale a pena rever antigos problemas?
Vale! E como vale,
Podemos ver se crescemos ou continuamos a esbarrar em antigas situações.
As vezes alguns monstros brotam em nossa alma e nos tornamos agressivos.
Chega os dias daquele ser passivo, retraído, molecote de recado, acabou, ele morreu de desgosto!
Agora existe o guerreiro:
Sou grande...
Sou forte...
Guerreiro do Centro-oeste!
Tipo calangão do cerrado mesmo.
Aprendi o poder da metamorfose da pior forma possível,
Na prática!
Estou melhor e foi preciso eu surtar, me pertubar...
...continuo, mas me sinto melhor ou menos pior.
A mente humana é confusa e perigosa,
As vezes acho que sou louco, mas todos somos...
Fazer o que?
Fui vê-la...
Sabe por que?
Porque Vale a Pena Ver de Novo!!!

Diogo Ramalho


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mais Você, ou melhor sou mais eu!

É, hoje ainda é domingo,
Descordo em afirmar que hoje é segunda-feira,
O sol que brilha no céu é o mesmo de ontem
Ele só mudou o campo de visão e tudo ficou escuro,
A gente vive um longo dia único,
Domingo é dia de almoço na casa da avó,
Se eu tivesse uma talvez iria visita-la
Mas a única coisa que tenho é meu reflexo
Sujo de gordura e sabão na água da pia,
Hoje é domingo, acordei liguei a TV e estava passando Mais Você!
Isso não me prova que hoje seja segunda,
Pessoas saem de suas casas pegam seus ônibus lotados,
Resmungam ou simplesmente dormem tentando aproveitar o tempinho que resta antes de chegar no trabalho,
Mas hoje ninguém devia trabalhar, hoje é Domingo!
Não conseguiria viver eternamente assistindo Fausto Silva,
Agora percebo porque começaram a dividir os dias,
Mais o sol é o mesmo, o céu também...
Trabalhamos e estudamos de domingo a domingo,
Preciso me lembrar de adotar uma avó para poder almoçar bem aos domingos,
Já não tenho muito o que fazer durante os finais de semana,
O ser angelical que rondavam minha vida se foi
Então só me resta aceitar,
Eita, já está quase na hora do trabalho,
Estou indo,
Mais descordo de trabalhar hoje e amanhã e depois de amanhã.
Sabe porque?
Por que hoje é domingo!
Diogo Ramalho

Sessão Domingo Maior

É, ultimamente ando meio inconstante e isso é um fato, só que o problema é que poucas pessoas percebem isso, na realidade muito poucas pessoas percebem, isso tudo começou em um fátidico domingo a noite quando alguém disse o seguinte: VAMOS TERMINAR!!!
Era se como uma grande bomba destruísse uma cidade inteira em um piscar de olhos, infelizmente essa cidade se situava no lado esquerdo do meu peito, foi uma frase tosca eu sei, mais diz muito, mais aprendi uma coisa com um cara meio idiota que na minha época era apresentador de TV, o Sérgio Malandro, ele quando terminava o programa chegava pertinho da câmera e falava uma frase inútil de motivação, essa foi a única que eu realmente levei a sério, a frase era a seguinte: "Não abaixe a cabeça nunca porque o mundo dá voltas, uma hora você está em cima e outra hora está em baixo, então você poderá olhar para baixo e ver como você foi nobre."
Nunca quis ser nobre, nem tenho nobreza no meu espírito, mais espero a roda viva girar e ver o que acontece,muitos devem ler isso e me discriminar, vão falar que é feio ser rancoroso, mas como meu amigo B.Negão fala: "Boomerangue é o efeito, o que foi daquela forma e com aquela intensidade retorna da mesma forma de modo perfeito, daquele mesmo jeito, ação e reação"...
Não vou mentir, é rancor mesmo, na verdade acho que é pior, é o fato de gostar e ter sido podado subitamente desse sentimento, porque afinal, não dá para simplesmente pedir para deixar de gostar, deletar o sentimento, se fosse assim seria bem mais fácil, mas infelizmente não é e nem pode ser assim.
Socializar é importante, muito importante, mas depois que tudo isso aconteceu eu simplesmente me fechei como uma ostra, me escondo do mundo e tento não me envolver com outras pessoas, não com medo de esquecer, não, é com medo de me machucar de novo, porque sempre alguém sai ferido de um relacionamento, infelizmente eu sai em coma, nunca em sã consciência eu ia imaginar correr nu pelas ruas de chão do Morro do Preá, bebâdo, isso é decadência, guardar amor é feio, o amor tem de ser expulso para que outra pessoa o absorva, é ando me tornando um misantropo, meus pais andam pensando em colocar uma plaquinha na porta com os seguinte dizeres: CUIDADO FILHO ANTI-SOCIAL!
Não os culpo por isso, na verdade eles sem saberem o que se passam dão conselhos divinos, coisas de pais. Sabe, nunca consegui ser indiferente e acho isso uma coisa um tanto quanto desagradável, mais é uma reação válida, ultimos dias estava me sentindo bem, só que não posso ficar só por muito tempo, sempre procuro está acompanhado de alguém e sempre tenho de está conversando, pensar doi, nunca pensei que uma coisa que faço tanto me incomodaria agora, porque tudo que penso acaba me levando para um lado meio Dark, mas acho que já achei a solução, breve algumas pessoas irão me procurar e onde eu estarei?Não sei!!! Não me interpretem mal, as vezes falo "gente", "povo","pessoas", alguns pode falar, ele está falando dela, não é, por favor não interpretem assim, dêem a palavra o real significado delas, tenho pensado nas coisas que tenho feito ultimamente e visto que ando meio obcecado por uma idéia fixa e isso não é bom, mas vamos parar de ficar se lamentando em blogs e tentar dormir porque amanhã o dia é logo e a Terra não vai parar enquanto eu penso ou melhor tento não pensar em coisas Darks, vamos minha gente que Cronos não espera por ninguém!!!
Diogo Ramalho, com sono, triste e chateado!

domingo, 28 de outubro de 2007

Nos episodios anteriores

Vamos começar, tempos difíceis chegaram como ondas invadem a praia, não deu tempo de correr elas apenas chegaram e transformou muita coisa na minha vida, vamos por partes, eu e meus irmãos sempre fomos as ovelhas negras da família, soubemos responder a altura, com atos e não palavras, tive a sorte de entrar numa boa Universidade, minha irmã de arrumar um emprego e meu irmão de também arrumar um emprego, só que ser universitário não era o bastante, tinha de trabalhar e depois de muito tempo sem trabalhar e de uma experiência horrível no Mc'Donalds, arrumei um estágio em uma Faculdade Particular, foi legal o período que passei lá, estressante também, conheci uma galera massa, mais devido a circunstâncias "ocultas" uma "pá de mano" foram para rua, eu era um deles, fiquei feliz devido ao fato que enfim eu teria tempo para estudar, mais triste porque: Quem pagaria minha cerva no fim de semana?
Então dois dias depois sem que ninguém soubesse da minha demissão, Luiza minha pseudo-protetora, pseudo porque na hora que eu estava mal e precisando de alguém ela pulou fora da minha vida, ou teria ela me jogado fora da vida dela?Não sei enfim, Ela terminou comigo, um relacionamento que com toda certeza marcou minha vida como ferro quente no lombo, minha vida virou de cabeça para baixo, nada mais fazia sentido, não sabia o que fazer, perdi o rumo, é como se tivessem vendado meus olhos e me colocassem as cegas em um labirinto, não vou mentir, hoje ainda amo, mais uma revolta ainda me domina, comecei a tentar viver normalmente, é difícil não se lembrar de dois anos, bebi e perturbado fiz coisas que não faço, mais isso não é culpa dela, é culpa minha que não soube aceitar, mas como aceitar uma coisa repentina sem eira nem beira?Não é fácil, hoje já consigo viver, mais as vezes sozinho, aquele mesmo anjo triste que acompanhava Renato vem me fazer companhia, descobri uma coisa importante com tudo isso, mulheres são fortes e homens são frágeis e ingénuos, chorei,me deprimi e até cri,mais vi enquanto eu sofria ela nada sentia, ou então sofre menos, ou não sofre ou simplesmente não se preocupa com a situação, enquanto que para mim é um trauma que certamente carregarei por toda vida, para ela é apenas uma renovação, eu vejo assim, vou dar um exemplo simples: Imagine um armário cheio de coisas, então você resolve arruma-lo, as coisas velhas e sem uso são jogadas fora, as que já foram usadas e que aja duvida sobre se ainda será util são colocadas de lado, em banho-maria esperando uma utilidade, eu estou, ou eu me vejo dessa forma, pode nem ser assim, pode ser apenas coisas da minha cabeça, mais não tenho muito o que pensar então penso coisas simples e de fácil aceitação, acho melhor continuar a contar, invés de ficar preso a uma única parte da história, a parte boa é que muita gente tem me dado força e não fico constantemente triste, conheci muita guria legal, não que eu esteja tendo algum relacionamento, mais parado ninguém pode ficar e estou seguindo uma frase de Chico Science: "Você dá um passo e já não está no mesmo lugar".
Julio César tem me feito muita companhia ultimamente ele tem passado por uns acontecimentos meio chato também e temos apoiado um ao outro, porque unidos somos fortes, enfim,as coisas não parecem está bem, mais andam melhorando aos poucos, descobri amigos que me ajudaram bastante e descobri que na queda é que a água fica mais forte, rompimentos brusco machucam muito, um conselho a todos, sempre dêem motivos, afinal todos merecem saber o por que das coisas e o pior dos comportamentos é a indiferença.
Felicidade deixa eu te avisar, estou chegando aí de novooooooo!!!
Diogo Ramalho

Quando não haver nada para dizer, não diga nada!

Bem, esse blog é só para eu ter o que fazer, só para escrever minhas pertubações diarias e dizer, ou melhor escrever o que dê na telha, então vamos lá!
Se você não me conhece, prazer meu, prazer meu nome é Diogo Ramalho poeta do grupo Radicais Livres S/A.