quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Levante Poético


Sou Levante, não apenas eu, Diogo Ramalho. Comigo estão Altair Chaves, Emerson Barros e Gilwilliam Anselmo, todos Levantinos, com uma proposta interessante, que é levar arte por meio da integração de diversas artes. Com quase dois anos de criação o grupo que tem a intenção de se tornar um grande espetáculo multimídia com uma abrangência maior de público e de formas de expressões artísticas vem trabalhando inicialmente com a parte musical funcionando e preparando as performance de seu repertório crescente.
Sou poético, com as diversas poesias de Diogo Ramalho e a participação de Altair, Emerson e Gil na parte musical, o grupo vem se preparando para um novo repertório escrito a quatro mãos, onde será colocado mais do que as poesias do poeta Diogo, será colocado a essência do grupo que tem como um de seus sobrenomes a palavra “EXPERIMENTAL”e assim sendo as possibilidades serão inúmeras e o ano de 2013 promete muitas novidades e entrada de integrantes.
Se você ainda não ouviu falar do Levante Poético, se prepare pois eles estão chegando com instrumentos e penas em punho!


Diogo Ramalho




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Poema de rancorzinho




Outro dia andando pela rua uma amiga sua me parou e me disse que você queria falar comigo,
Me pediu para ligar para você...
Você não vai acreditar,
Se eu disser que não dá pra ligar,
Apaguei da agenda seu número,
De casa e do celular.
Não vou cair em tentação,
Recaída? Não!
Evito lugares onde eu possa te encontrar
E evito suas amigas que
Tem sempre noticias a dar.
Ela está bem, namorando e tudo mais,
Como se eu pergunta-se ou ainda corresse atrás.
Sinto falta, fico triste, mas egoísta não sou não,
Cada um segue seu rumo e o meu
É longe do seu,
Mais apesar disso te esquecer é algo que nem rola.
Nossas fotos são cinzas,
Tento não recordar,
Mas o coração traidor insiste em intervir
E o que antes era indiferença
Agora é melancolia.
Agora durante a noite tento não sonhar com você
E ao ver-te faço tipo, disfarço
E como Forrest eu poderia correr,
Para longe, longe,
Bem longe de qualquer lugar que possa me lembrar.
Não há mais o que recordar,
A minha vida é baseada em drogas e álcool demais
E assim supro a necessidade de você,
De viver
E aos poucos definho nas sarjetas da cidade-monumental.
Se não acredita,
Veja onde estou,
Um poeta mendigando carinho.
Pobrezinho...
E ainda passa uma amiga sua e diz:
Quando puder ligar pra ela...
Ligar?
Pra que?
Pra quem?
Se a vida não me ajuda,
Então não preciso de ninguém...

Diogo Ramalho

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Falsa guerra de travesseiro



O que você faz com o marginal que pula no seu quintal,
Rouba suas coisas e saqueia seu varal?
Amaldiçoa, se pegar o mata,
Chama a polícia,
Queria ver o desgraçado em chamas.
O que você faz com o estelionatário que te engana,
Te lesa...
Tira vantagem e te faz de otário?
Se pudesse matava,
Trucidava.
Contra peixes pequenos distribui-se ira,
Aos grandes, palmas e sorrisos
E pedidos de benção.
O povo ama seu algoz,
Que lhe rouba sem você ver,
Que lhe acha burro sem te conhecer.
Que para escapar da cassação,
Renuncia
E volta com cara de pau
Concorrer em outra eleição.
A justiça é cega,
Cega...
E ela só escuta quem tem poder de lhe soprar vontades ao pé do ouvido,
Como um amante latino seduz a donzela ingênua.
Condena o pobre,
Só não culpa os que se dizem nobre.
Para muitos falta leite,
Pão,
Dinheiro e condição.
E os culpam por toda essa situação.
Os mais abonados falta vergonha na cara,
Humanidade
E um choque de realidade,
Para haver paz temos de entrar na guerra,
Guerra social que mata nossos irmãos,
Precisamos acabar com esse sistema de exclusão,
Darmos as mãos e caminhar na direção do novo,
Longe dessa acomodação.
Igualdade,
Porque somos humanos,
Diferenças porque não somos iguais,
Mas nem melhor, nem pior...
Somos todos humanos.


Diogo Ramalho

sexta-feira, 16 de novembro de 2012



Luz do desconhecido


As almas frias se escondem da luz que brilha sem parar,
Nas ruas todos olham preocupados para o céu,
Apenas as crianças brincam despreocupadas,
Como se não houvesse nada,
Como se não houvesse amanhã.
A coragem pertence somente às crianças.
A culpa e o medo de uma pós-vida aterradora
Traz pânico aos que observam a luz que vem lá,
Vem do céu.

O barulho aumenta e com ele os gritos,
Muitos estão escondidos,
Outros nas janelas a espera do apocalipse
Ou da tão esperada salvação.
Vem de lá...
Lá do céu e ninguém sabe o que fazer.
É Deus que vem nos resgatar?
O Diabo que vem nos exterminar,
A Terra enfim vai se acabar
Ou enfim descobriremos que não estamos sós?

Há frias almas que se escondem
Do que não conseguem compreender
E a luz desce com sua música cósmica,
Como uma incógnita.
O dia se vai e a luz fica mais forte,
Quase não se notando que o sol se foi,
A lua é ofuscada
Enquanto para uns é sinal de esperanças,
Para outros esperança não há mais
E diante do que poderia ser o fim
A humanidade se ajoelha e pede perdão
Enquanto as crianças brincam,
A Luz vem lá,
A luz vem do céu.


Diogo Ramalho


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Guerra



Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Superior?
E de tanto tentar, 
Acabaremos destruindo o mundo como o conhecemos,
Sobrando apenas velhos governantes dentro de seus bunkers,
Que após gerações e mais gerações sairão de seus esconderijos
E a Terra como último ato de vingança se abrirá e dará um gemido,
Engolindo os últimos seres humanos.
Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Superior?
Guerra!


Diogo Ramalho