sexta-feira, 16 de novembro de 2012



Luz do desconhecido


As almas frias se escondem da luz que brilha sem parar,
Nas ruas todos olham preocupados para o céu,
Apenas as crianças brincam despreocupadas,
Como se não houvesse nada,
Como se não houvesse amanhã.
A coragem pertence somente às crianças.
A culpa e o medo de uma pós-vida aterradora
Traz pânico aos que observam a luz que vem lá,
Vem do céu.

O barulho aumenta e com ele os gritos,
Muitos estão escondidos,
Outros nas janelas a espera do apocalipse
Ou da tão esperada salvação.
Vem de lá...
Lá do céu e ninguém sabe o que fazer.
É Deus que vem nos resgatar?
O Diabo que vem nos exterminar,
A Terra enfim vai se acabar
Ou enfim descobriremos que não estamos sós?

Há frias almas que se escondem
Do que não conseguem compreender
E a luz desce com sua música cósmica,
Como uma incógnita.
O dia se vai e a luz fica mais forte,
Quase não se notando que o sol se foi,
A lua é ofuscada
Enquanto para uns é sinal de esperanças,
Para outros esperança não há mais
E diante do que poderia ser o fim
A humanidade se ajoelha e pede perdão
Enquanto as crianças brincam,
A Luz vem lá,
A luz vem do céu.


Diogo Ramalho


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