quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ano novo, vida velha







Ano novo, vida nova é o caralho...
O negocio é arrumar a bagunça da vida velha
E criar hábitos novos,
Para que as coisas aconteçam diferente!
E a dica que fica é:
Não crie expectativas,
Não espero muito por coisas que não dependem de você
E por último,
Ame primeiro a si mesmo depois ame os outros.










Diogo Ramalho

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bondade



O mundo não é bom,
Assim como as pessoas que nele habitam,
Vermes egoístas que envenenam tudo ao redor
Com sua boa vontade cheia de segundas intenções,
Sustentadas pelos pilares das relações interpessoais,
Já não tenho dedos,
Foram devorados pelos pedidos de ajuda.
Não há de nascer sentimentos bons em quem prática o mal,
Somos monstros com máscaras
E garras afiadas.
Cuidado,
Não dê confiança a esses animais,
Humanos mesquinhos e sedentos por sangue alheio.
A casa alheia,
O carro,
A mulher
Só querem o que é seu.
O mundo não é bom,
Nota-se pela competição que nele há,
Todos querendo ser os melhores,
Eu sou o melhor,
Eu sou bom...
O mestre no meio de vermes.
Não é bom,
Assim como as pessoas que nele habitam,
Vomitam mentiras,
Enganam-se,
Esgana,
Tudo é motivo de vingança.
Cruel, Muito cruel.

Diogo Ramalho

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Somos o que somos




Enquanto o destino não atrapalhar,
Segue a caravana a rodar,
Homens, mulheres e crianças a viajar
E não há um lugar certo pra chegar.
É a caravana dos herdeiros do caos
Que lutam contra aquilo que deixamos,
Um mundo sujo e corrompido,
Onde vários migram atrás de um cantinho menos sórdido.
Esqueceram o que importa,
Cada um lutando por si,
Morrendo dentro de cada pessoa o desejo de ajudar,
Cruéis como sábias serpentes o ser humano regride.
Estado de barbárie,
Prevalecendo a regra do:
Ou é ele ou eu,
Ou eu mato ou morro,
Se fodeu antes ele do que eu.
Todos não estão apenas surdos,
Parecem ter perdido de súbito todos os sentidos.
Não há como acumular bens nos dias de hoje,
O que ganho serve apenas para percorrer a pequena distância
Da mão até a boca.
Todos fugindo de monstros,
Sem saber que há em cada humano
Uma perigosa e aterrorizante criatura
Que apodrece os objetos que toca.
Como podem fugir do que são,
O destino ainda não atrapalhou,
Mas o que acontecerá quando todos se encararem no espelho?
Terror,
Encarando o que somos.


Diogo Ramalho

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Ciclo sem fim



É noite,
Pais de família sentados no sofá,
Mães deitadas em suas camas espiando a novela.
Todos desmotivados,
Pensam apenas em descansar
Para
o que está por vim.
Para o dia que vai chegar.
Ciclo que jamais cessa,
Não se fica direito em casa,
Não vê os filhos,
Não cuida de nada...
Apenas trabalho,
Apenas retalhos de uma vida
Mal vivida.
Acham que felicidade é um brinquedo caro exposto na vitrine,
Crianças babam o vidro
Enquanto o filho de alguém mais rico faz um brinde,
Grato pelo presente,
Dando tchauzinho para os que o observam com desejo e admiração.
Sou a coragem de todo trabalhador acomodado,
Sou a revolta de todas as donas de casa,
Sou a energia de toda criança órfã de pais vivos,
Quem cria nossos filhos enquanto morremos na labuta?
Quem educa nossos filhos enquanto no entregamos a servidão?
Apenas na madrugada,
Nos sonhos somos felizes,
Não tem servo,
Não tem patrão,
Não tem dinheiro,
Muito menos ladrão.
A felicidade não é um pote de sorvete,
A felicidade não está à venda,
Mas vendam seus olhos para que não enxergue o que está diante dos seus olhos.
A noite é fria
E triste,
Não há gritos de dor,
De rancor ou de angustia,
Todos estão anestesiados,
Acostumados com o chicote invisível,
Todos estão dormindo.


Diogo Ramalho

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Será como nunca foi



Há um fio de esperança em minh’alma,
Há rostos sorridentes,
Crianças correndo
E velhos recontando suas histórias.
O caos não há de reinar,
Sempre haverá descontentes
Que cansados das injustiças se rebelarão,
Abrindo os olhos dessa gente sonolenta,
Ofendendo mandatários
E defendendo oprimidos.
A coragem lhe move,
Sua voz é uma arma,
Quem não se move,
Na inércia morre
Enquanto cresce o exercito de nosso general!
Há um fio de esperança,
E isso basta.
Proletas unidos,
Todos empurrando a história para seu capitulo final,
Onde veremos a cara do verdadeiro vilão,
O inimigo real,
Que enquanto lutamos se esconde em seu abrigo nuclear,
Há esperança e o futuro será brilhante quando não houver
Quem queira nos controlar.


Diogo Ramalho

sábado, 1 de dezembro de 2012

Em verdade vós digo



Nas estranhas escolhas que fiz,
Minha solitude que me faz
Querer me afastar sempre
E cada vez mais.
Interação traz a dor
De me lembrar que
Compartilho o mundo com vermes
Que se chamam humanos
E que desgraçadamente são iguais a mim.
Em todos os espaços,
Todo tempo,
Sempre juntos,
Sempre uma mostra de afeição,
Mãos que se tocam,
Bocas que se beijam.
Sou aquele que observa o passar do tempo
Sem ter com quem construir minha fortaleza,
Sensação constante de vazio,
Sensação constante de solidão.
Maldito mundo que me priva
Dos prazeres destinados
Apenas aos ditos casais.
Prossegue minha saga,
Sem previsão de um final
Ou de momentos felizes,
Predestinado apenas ao prazer
Do sofrimento que atormenta a alma
Desse cansado poeta que vos fala.
Cansado de que?
Da vida...
Do amor...
Do mundo...
Do enorme fardo de viver...
Das pessoas que não sabem perceber
O diamante por sob a lama.
Sonhos não tenho mais,
Desejos?
Apenas as mais sombrias vontades
Procuro saciar.
No final não sobrará nada desse casulo
Sem amor,
Apenas os versos que ficarão espalhados
Aos que porventura queiram saber
O que sou,
O que fui
E como morri mesmo estando vivo.


Diogo Ramalho

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Levante Poético


Sou Levante, não apenas eu, Diogo Ramalho. Comigo estão Altair Chaves, Emerson Barros e Gilwilliam Anselmo, todos Levantinos, com uma proposta interessante, que é levar arte por meio da integração de diversas artes. Com quase dois anos de criação o grupo que tem a intenção de se tornar um grande espetáculo multimídia com uma abrangência maior de público e de formas de expressões artísticas vem trabalhando inicialmente com a parte musical funcionando e preparando as performance de seu repertório crescente.
Sou poético, com as diversas poesias de Diogo Ramalho e a participação de Altair, Emerson e Gil na parte musical, o grupo vem se preparando para um novo repertório escrito a quatro mãos, onde será colocado mais do que as poesias do poeta Diogo, será colocado a essência do grupo que tem como um de seus sobrenomes a palavra “EXPERIMENTAL”e assim sendo as possibilidades serão inúmeras e o ano de 2013 promete muitas novidades e entrada de integrantes.
Se você ainda não ouviu falar do Levante Poético, se prepare pois eles estão chegando com instrumentos e penas em punho!


Diogo Ramalho




terça-feira, 20 de novembro de 2012

Poema de rancorzinho




Outro dia andando pela rua uma amiga sua me parou e me disse que você queria falar comigo,
Me pediu para ligar para você...
Você não vai acreditar,
Se eu disser que não dá pra ligar,
Apaguei da agenda seu número,
De casa e do celular.
Não vou cair em tentação,
Recaída? Não!
Evito lugares onde eu possa te encontrar
E evito suas amigas que
Tem sempre noticias a dar.
Ela está bem, namorando e tudo mais,
Como se eu pergunta-se ou ainda corresse atrás.
Sinto falta, fico triste, mas egoísta não sou não,
Cada um segue seu rumo e o meu
É longe do seu,
Mais apesar disso te esquecer é algo que nem rola.
Nossas fotos são cinzas,
Tento não recordar,
Mas o coração traidor insiste em intervir
E o que antes era indiferença
Agora é melancolia.
Agora durante a noite tento não sonhar com você
E ao ver-te faço tipo, disfarço
E como Forrest eu poderia correr,
Para longe, longe,
Bem longe de qualquer lugar que possa me lembrar.
Não há mais o que recordar,
A minha vida é baseada em drogas e álcool demais
E assim supro a necessidade de você,
De viver
E aos poucos definho nas sarjetas da cidade-monumental.
Se não acredita,
Veja onde estou,
Um poeta mendigando carinho.
Pobrezinho...
E ainda passa uma amiga sua e diz:
Quando puder ligar pra ela...
Ligar?
Pra que?
Pra quem?
Se a vida não me ajuda,
Então não preciso de ninguém...

Diogo Ramalho

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Falsa guerra de travesseiro



O que você faz com o marginal que pula no seu quintal,
Rouba suas coisas e saqueia seu varal?
Amaldiçoa, se pegar o mata,
Chama a polícia,
Queria ver o desgraçado em chamas.
O que você faz com o estelionatário que te engana,
Te lesa...
Tira vantagem e te faz de otário?
Se pudesse matava,
Trucidava.
Contra peixes pequenos distribui-se ira,
Aos grandes, palmas e sorrisos
E pedidos de benção.
O povo ama seu algoz,
Que lhe rouba sem você ver,
Que lhe acha burro sem te conhecer.
Que para escapar da cassação,
Renuncia
E volta com cara de pau
Concorrer em outra eleição.
A justiça é cega,
Cega...
E ela só escuta quem tem poder de lhe soprar vontades ao pé do ouvido,
Como um amante latino seduz a donzela ingênua.
Condena o pobre,
Só não culpa os que se dizem nobre.
Para muitos falta leite,
Pão,
Dinheiro e condição.
E os culpam por toda essa situação.
Os mais abonados falta vergonha na cara,
Humanidade
E um choque de realidade,
Para haver paz temos de entrar na guerra,
Guerra social que mata nossos irmãos,
Precisamos acabar com esse sistema de exclusão,
Darmos as mãos e caminhar na direção do novo,
Longe dessa acomodação.
Igualdade,
Porque somos humanos,
Diferenças porque não somos iguais,
Mas nem melhor, nem pior...
Somos todos humanos.


Diogo Ramalho

sexta-feira, 16 de novembro de 2012



Luz do desconhecido


As almas frias se escondem da luz que brilha sem parar,
Nas ruas todos olham preocupados para o céu,
Apenas as crianças brincam despreocupadas,
Como se não houvesse nada,
Como se não houvesse amanhã.
A coragem pertence somente às crianças.
A culpa e o medo de uma pós-vida aterradora
Traz pânico aos que observam a luz que vem lá,
Vem do céu.

O barulho aumenta e com ele os gritos,
Muitos estão escondidos,
Outros nas janelas a espera do apocalipse
Ou da tão esperada salvação.
Vem de lá...
Lá do céu e ninguém sabe o que fazer.
É Deus que vem nos resgatar?
O Diabo que vem nos exterminar,
A Terra enfim vai se acabar
Ou enfim descobriremos que não estamos sós?

Há frias almas que se escondem
Do que não conseguem compreender
E a luz desce com sua música cósmica,
Como uma incógnita.
O dia se vai e a luz fica mais forte,
Quase não se notando que o sol se foi,
A lua é ofuscada
Enquanto para uns é sinal de esperanças,
Para outros esperança não há mais
E diante do que poderia ser o fim
A humanidade se ajoelha e pede perdão
Enquanto as crianças brincam,
A Luz vem lá,
A luz vem do céu.


Diogo Ramalho


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Guerra



Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Superior?
E de tanto tentar, 
Acabaremos destruindo o mundo como o conhecemos,
Sobrando apenas velhos governantes dentro de seus bunkers,
Que após gerações e mais gerações sairão de seus esconderijos
E a Terra como último ato de vingança se abrirá e dará um gemido,
Engolindo os últimos seres humanos.
Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Guerra!
Até que nos tornemos uma raça superior!
Superior?
Guerra!


Diogo Ramalho

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Circula cultura etapa São Sebastião
19 de Novembro de 2011
O Levante Poético estava lá!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Desato o nó do laço




Palavras fortes para ser ditas de imediato,
A calma pode ser a melhor aliada da perfeição,
Sem base não posso me manter em pé,
Começo de algo durável.
Falo com um discreto pausado
Como se pensasse antes de dizer algo.
Longe disso, o que sai é espontâneo,
Sincero e sai como um sonho reprimido,
Eu preparo versos e rimas para impressionar
Os meus diversos personagens,
Disseminando bombas de festim.
Matando a sede com um bom copo de água viva,
Desejando agarrar seu mundo com as mãos,
Vivendo uma pequena batalha intima.
Sinto um incomodo no polegar que perdi,
Mas se sinto então ele está lá.
Sinto outras coisas que não sei se serão tão palpáveis,
Descubro aos poucos o manto que cobre seus sentimentos,
Decifrando enigmas dignos do Mestre dos Magos.
Na escuridão sua áurea clareia minha face sonolenta,
Pela janela vejo uma outra lua, um outro dia,
Um outro sol.
Sendo minha vida digna de uma morte honrosa,
Só se vive uma vez,
Sendo assim não me puno por querer – te,
Mesmo sendo por uma dúzia de dias.

Don Diogo Ramalho

Versos, agonia e as estações



E o mundo gira,
Sem parar,
Com seu girar surge às estações,
Mas para mim tanto faz,
Pois o futuro é sempre um mau agouro solitário.
Na estação do sol,
Derreto-me em amor e desespero,
Escondo-me do cara amarela,
Exposição da carne
E eu devoro,
Devoro,
Mas não sacio a fome de sentir.
Prossegue a rotação
E o planeta antes muito quente
Agora se esfria ao se esquivar do astro rei.
Meus versos amarelam-se em folhas secas,
A luz já não incomoda os olhos
E já não consigo esquecer a saudade que resfria meu coração,
Tornando as noites mais gélidas
E quando menos se espera já é inverno
E as noites são cheias de pesadelos infernais,
Frio e maldições,
Solidão e versos invernais,
O resto?
Nada mais...
Nada mais...
Apenas lágrimas e uma dor lancinante.
Na primavera,
Nem me espera,
Estarei escondido de tudo que seja amor,
Já não sinto o cheiro das flores,
Nem refloresce bons sentimentos,
Já sinto-me calejado
E a paciência finda,
Na primavera já não há mais amor,
Não há...
Não há amor no coração dos homens,
Não há...
Não há...
Nesse giro de estações
Espero o cósmico trem passar,
Aqui já não consigo ficar,
Aqui já não posso ficar,
Aqui não existe quem amar.
E o ciclo continua de novo.

Diogo Ramalho

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Olha pro céu

-->
Nem mesmo as velhas canções de amor me fazem lembrar você,
Não há vestígios seu em minh’alma,
Em minha vida.
Depois que se foi...
Felicidade!
O espírito da boa aventurança se apossou de mim,
Depois que consegui expurgar todo o negativismo
Que me corroia,
Não há mais rancor,
Não há mais...
Não há...
Sobrou a alegria boba,
A descontração pura,
A vivência simples
E um narcisismo crescente.
Já me reconheço no espelho,
Sinto-me vivo,
Como há anos não me sentia.
Derrubei os obstáculos que eu havia construído,
Agora vivo entre a linha tênue que separa
A esbôrnia e a responsabilidade da vida adulta.
Quem é você?
Quem é você?
Agora sou novo
O ovo que quase ficou podre.
O tormento me trouxe a redenção,
Minha consciência é a corda que me ajuda.
Aqueles que não acompanharam,
Esqueci dos rostos
E os nomes soam familiares
Como os péssimos hits que impregnam na mente,
Deleto.
Deleito-me nos braços de todas as moças que me apetece,
Com um céu cheio de estrelas resplandecente
Não tem como ficar no chão admirando o que muitos não podem ter,
Tiro os pés do chão,
Imagino asas,
O que quero consigo,
O que desejo posso,
O que pretendo ter,
Corro atrás.
Um céu cheio de estrelas,
E eu na imensidão me sinto parte de tudo,
Sabendo que sou quase nada.
Apenas um ínfimo conquistador de belas estrelas.


Diogo Ramalho

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

P.M


Procurando maconha,
Porcos malditos
Pisam meninos pretos, mestiços.
Palavrões maltratos: Puta merda!
Pensam menos, pisam mais
Pessoas mudas, palavrões mentalizam:
Palhaçada Militar!
Para manter população marionete.
Podemos mudar,
Planejar melhor.
Poderosos minguando,
Pessoas, multidão, palmas e músicas!
PM’s? Partirão e morrerão
Povo merece paz... Muita!


Diogo Ramalho

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Será como nunca foi

Há um fio de esperança em minh’alma,
Há rostos sorridentes,
Crianças correndo
E velhos recontando suas histórias.
O caos não há de reinar,
Sempre haverá descontentes
Que cansados das injustiças se rebelarão,
Abrindo os olhos dessa gente sonolenta,
Ofendendo mandatários
E defendendo oprimidos.
A coragem lhe move,
Sua voz é uma arma,
Quem não se move,
Na inércia morre
Enquanto cresce o exercito de nosso general!
Há um fio de esperança,
E isso basta.
Proletas unidos,
Todos empurrando a história para seu capitulo final,
Onde veremos a cara do verdadeiro vilão,
O inimigo real,
Que enquanto lutamos se esconde em seu abrigo nuclear,
Há esperança e o futuro será brilhante
Quando não houver
Quem queira nos controlar.


Diogo Ramalho


Macularam a obra


Perco-me nos enormes espaços que me separam das pessoas
Dentro dos prédios de mármore no outro lado de uma larga avenida.
Uma exposição moderna a céu aberto,
Mais os atos dos seres humanos emporcalham a grande obra,
Transformando-a em símbolo da impunidade.
Perco-me em viagens...
O mais lindo céu na cidade mais bela,
Um espetáculo livre,
Para o mendigo, o doutor,
A moça rica e o camelô.
Caminhando distraído,
Chego à rodoviária,
E lá encontro com todos os trabalhadores que fazem
Da capital um lugar ainda de esperança.

Diogo Ramalho
 

Ritual da Lua Azul




Lua....
Que do alto presencia todo nosso girar,
Irradia sobre nós toda sua energia
E faça-me alguém mais nobre,
Que seus raios de luz penetre minh’alma
E com seu poder fortaleça cada parte de meu ser:
Mãos,
Para que trabalhem para o bem e para o certo.
Pés,
Para que andem nos caminhos da luz e da justiça.
Cabeça,
Para que minha mente esteja voltada somente para beneficiar o coletivo.
Boca,
Para que apenas palavras ternas e positivas sejam proclamadas.
Ouvidos,
Para que chegue aos meus ouvidos apenas o que for construtivo.
Corpo,
Que todo meu ser seja instrumento das leis cósmicas e que cada ato seja de ajuda,
Cada gesto seja de perdão
E que todo mal seja expurgado,
Tornando-me alguém mais sábio,
Enchendo-me de luz
E amor.
Lua...
Se for para o bem,
Que meus propósitos sejam alcançados,
Ser for por alguém
Que eu possa escutar,
Que eu possa dizer
E que todos que me rodeiam

Possam partilhar desse mesmo sentimento,
Dessa mesma sensação
E assim o mundo se tornará um só.
Unido e irmão!


Diogo Ramalho