segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Falsa guerra de travesseiro



O que você faz com o marginal que pula no seu quintal,
Rouba suas coisas e saqueia seu varal?
Amaldiçoa, se pegar o mata,
Chama a polícia,
Queria ver o desgraçado em chamas.
O que você faz com o estelionatário que te engana,
Te lesa...
Tira vantagem e te faz de otário?
Se pudesse matava,
Trucidava.
Contra peixes pequenos distribui-se ira,
Aos grandes, palmas e sorrisos
E pedidos de benção.
O povo ama seu algoz,
Que lhe rouba sem você ver,
Que lhe acha burro sem te conhecer.
Que para escapar da cassação,
Renuncia
E volta com cara de pau
Concorrer em outra eleição.
A justiça é cega,
Cega...
E ela só escuta quem tem poder de lhe soprar vontades ao pé do ouvido,
Como um amante latino seduz a donzela ingênua.
Condena o pobre,
Só não culpa os que se dizem nobre.
Para muitos falta leite,
Pão,
Dinheiro e condição.
E os culpam por toda essa situação.
Os mais abonados falta vergonha na cara,
Humanidade
E um choque de realidade,
Para haver paz temos de entrar na guerra,
Guerra social que mata nossos irmãos,
Precisamos acabar com esse sistema de exclusão,
Darmos as mãos e caminhar na direção do novo,
Longe dessa acomodação.
Igualdade,
Porque somos humanos,
Diferenças porque não somos iguais,
Mas nem melhor, nem pior...
Somos todos humanos.


Diogo Ramalho

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