quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Barra Grande



Tudo em volta parece tão sério,
Todos preocupados com cotidianos frenéticos,
Falta a leveza de seu sorriso.

Um dia numa praia afastada.
Pessoas correm,
Pulos alegres
E os pés afundam na areia molhada,
Vento e ondas,
Frouxas e divertidas gargalhadas
Nos dois,
Um casal lindo de mãos dadas.

Sol dourando os corpos abraçados,
Uma dança em harmonia rítmica.
Fumaça espessa
E cabeças avoadas.

Tudo em volta parece tão sério,
Queria que esse sorriso
Pudesse sorver,
Os olhos invejosos que nos encara...

Frouxas risadas.


Diogo Ramalho


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Minúsculo




Deixa a vida como está,
Sem problemas maiores para solucionar.
Por um instante quis o caos.

Deixa o peito sossegar,
Cada coisa em seu lugar,
Escolhas que fiz por você instigar
O meu coração a querer amar.

Você,
Não sabe o que existe por trás do meu olhar,
Sou os mistérios que invadem o coração,
A chama quente que te renova à emoção.

Ao acordar durante a noite irá se lembrar,
De cada momento que resolveu se entregar,
Aos pedidos,
Aos beijos,
Abraços e carinhos perfeitos.

Desse jeito que quero está,
Então deixa...
Deixa o peito sossegar.

Deixa eu cantar,
Seu sono embalar...
Com carinho velar seu dormir,
Uma linda historia que não teria fim.

Deixa...
Deixa...
Deixa...



Diogo Ramalho

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Aranha armadeira






Na descida das estrelas esbarrei em sua teia
E meu coração solitário ficou enamorado,
Pela aranha rendeira.

Na descida das estrelas encontrei minha princesa,
Uma linda aranha armadeira,
E eu espreguiço-me na confortável cama de renda
E ela me beija com sua língua acrobata,
E das estrelas não sei mais nada.

Não permita Deus que um dia eu precise retornar,
Para meu universo frio e desalmado,
No tosco planeta azul esbarrei em minha salvação.
Fui salvo por amar,
Pois antes vagava sem motivo,
Vagar, por vagar...

Explorando o universo por não ter com que se preocupar,
Um amor,
Compromisso,
Responsabilidade de voltar.
Sempre em frente,
Desconhecido destino que sempre distraiu
Trazendo uma débil alegria para meu coração imbecil.

Na descidas das estrelas,
Encontrei minha aranha armadeira,
Com sua linda e confortável teia,
Me envolveu,
E me mostrou o afeto simples,
Que com palavras não se exprime.

Na descida das estrelas,
Perdi-me de meu caminho,
Encontrei minha aranha
E nunca mais fui sozinho.

Descida sem volta,
A ruptura com a subida.

Enredei,
Enredei,
Enredei em sua teia.




Diogo Ramalho

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Me esqueço




Sempre que eu te esqueço
Eu sou feliz...
No momento que te esqueço
Eu sou feliz...
A cada dia e a cada beijo que não é o seu
Eu te esqueço.
E quando te encontro
Não te desejo,
Não me entrego,
Nem quero seus beijos.

Felicidade é quando te esqueço,
Esqueço dos seus olhos,
Sua boca que me enche de desejos,
Tudo isso eu esqueço.
Ser feliz também mereço
E se tiver que ser assim,
Não te vejo.

O céu em um tom azul bebê,
Faz do dia um momento lindo,
Onde sigo cantarolando e rindo,
Esquecendo que no peito há um amor que já disfarço que não sinto.

Sempre que estou feliz,
Eu te esqueço,
Eu te esqueço...
Para não me entregar,
Para não ter desejos.

Uma fábula que não se espera,
Minha dark cinderela
Que nunca vou desencantar.

Quando sou feliz...
Te esqueço,
Te esqueço...



Diogo Ramalho

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A pergunta que ninguém faz...




O povo está na rua...
Por que, por quê?
São sempre as mesmas mentiras...
Por que, por quê?
Não querem que veja o que está além da TV.
Cansaço virou revolta
E essa é a hora de mostrar o que não querem deixar você ver..

O povo está na rua...
Por que, por quê?
A dona de casa não quer sabe,
O pai resmunga e xinga,
E assim ficam contra quem luta por você.

Uma multidão de cegos no sofá
Enquanto nas ruas a massa revoltada grita.
Pedras e fogo no camburão,
Chute nas bombas que atiram para reprimir a população.

O Estado mostra sua cara
E o que se vê não é para rir.
Governo formado por ditos revolucionário do passado,
Que assumem o poder e ajudam o lado errado,
O povo só tem o beneficio do consumo
E assim acha que vive em uma outra realidade.
Mas esquece que o Estado não pensa nas suas necessidades,
O IPI reduzido não muda a educação,
Incha as rodovias e aumenta a poluição.
A LCD da sala não te trará a salvação,
Se por acaso fique enfermo,
Precisando de hospital, enfermeiro, injeção.

O povo está na rua...
Porque, por quê?
Isso quem está em casa não sabe dizer,
Quem está acompanhando tudo pela maldita TV,
Que mastiga e entrega tudo para você,
Engolir sem reclamar
E satisfeito você senta sem se perguntar.

O povo está na rua...
Porque, por quê?



Diogo Ramalho