sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Aranha armadeira






Na descida das estrelas esbarrei em sua teia
E meu coração solitário ficou enamorado,
Pela aranha rendeira.

Na descida das estrelas encontrei minha princesa,
Uma linda aranha armadeira,
E eu espreguiço-me na confortável cama de renda
E ela me beija com sua língua acrobata,
E das estrelas não sei mais nada.

Não permita Deus que um dia eu precise retornar,
Para meu universo frio e desalmado,
No tosco planeta azul esbarrei em minha salvação.
Fui salvo por amar,
Pois antes vagava sem motivo,
Vagar, por vagar...

Explorando o universo por não ter com que se preocupar,
Um amor,
Compromisso,
Responsabilidade de voltar.
Sempre em frente,
Desconhecido destino que sempre distraiu
Trazendo uma débil alegria para meu coração imbecil.

Na descidas das estrelas,
Encontrei minha aranha armadeira,
Com sua linda e confortável teia,
Me envolveu,
E me mostrou o afeto simples,
Que com palavras não se exprime.

Na descida das estrelas,
Perdi-me de meu caminho,
Encontrei minha aranha
E nunca mais fui sozinho.

Descida sem volta,
A ruptura com a subida.

Enredei,
Enredei,
Enredei em sua teia.




Diogo Ramalho

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