quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sonhos de uma noite de curtição


E no meu mundo sonhar ainda era possível.

Como que para fugir da realidade

Fechava os olhos e me lançava no abismo do desconhecido.

Canções embalam meus pensamentos

E fervem minhas idéias,

Cada vez mais paranóico,

Sempre perdendo um pouco do meu lado bom,

Conservando o meu espírito aventureiro,

Sem esquecer de matar vontades

E saciar minha sede de sangue novo.

Fora do real ninguém pode me ferir,

Nada me atinge e continuo forte,

Sonhos nada comuns,

Mortes reais,

Eu com sorte de sobra

E azar para os vampiros sentimentais,

Suguem o meu mal,

Sintam meu ódio

E morram envenenados com meu sangue podre.

Sonho para fugir,

Acordo forte para um mundo real

E vejo meu apogeu chegar,

Uma bandeira é hasteada em cima dos corpos de meus inimigos.

Diogo Ramalho

domingo, 27 de novembro de 2011

Toda vez


Toda vez que ela passa...

Meus olhos seguem seus caminhos

E o meu nariz tenta capturar o doce cheiro que ela emana.

E eu que não amava,

Me pego apaixonado,

Amando de novo!

Toda vez que ela passa...

Eu olho,

Ela passa...

Eu fico...

Meu coração vai.

Vai, vai, vai...

Não quer mais voltar,

Apenas quando ela retorna consigo resgatá-lo.

Toda vez que ela passa...

Eu perco o rumo,

Ficando mudo,

Sentindo ela passar.

Toda vez que ela passa...

Passa...passa!


Diogo Ramalho

Preparado para um novo ano


Nas águas geladas que desce do cerrado me fiz puro de novo.

Um outro ano se abriu para eu passar,

Flores de maracujá enfeitam meus passos,

União de essências.

Ouvindo o bater acelerado de meu coração,

Sei que ele te chama,

Perdi meu anjo da guarda e ganho um lindo anjo barroco.

Sobre milhões de anos de rochas,

Sobre milhões de séculos,

Consegui ouvi a lição dos velhos mestres.

Abro o peito para o revoar de uma nova fênix,

Bonança conquistada com dor.

Nas águas geladas ouvi minha consciência,

E fechando os olhos entro em um novo ano,

Sem tristeza,

Sem velhos parceiros,

Mais cheio de uma nova vida.

Diogo Ramalho

Reatualizando

Senhores leitores...

Estou de volta, atualizando meu blog, a correria é grande, mas a arte não pode parar.
Em breve postarei coisas do Levante Poético.

Obrigado Chibi Ahou seu comentário me fez voltar a mexer no meu blog.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Maiores


Acho que nunca cheguei a falar,

Tentar amar foi uma coisa absurda,

E tudo que me atraia deixou de me afetar.

Meu prazer era esperar que passasse

E seu cheiro seguia junto.

Meus sonhos mais loucos é você,

Minha face refletida é você,

E o porquê disso eu não sei dizer,

Devore meus lábios e me deixe sem rumo.

Um imã insiste em nos guiar,

Precisamos fugir,

Nos entregar,

Já que nossa carne tira tanta gente do sério,

É porque as pessoas sentem inveja de tudo.

Vamos sair desse lugar,

Parar de raciocinar,

Deixar o mundo acontecer,

Porque isso nos atrai.

Vamos deixar o mundo gritar,

Enquanto giramos

E enquanto orbitam os metidos,

Somos nos maiores que tudo.

Diogo Ramalho

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dionísio ouça-me


És o templo que devoto e mundo contemplo,
A imagem envolta em uma aura quase sacra de desejo.
Inibidas mãos que apenas acenam,
Lábios trêmulos que apenas sussurram,
Mente ebulindo pecado.
Mas dizem por aí que a mulher do outro não pode,
Proibição divina!
Que se foda regras e leis,
O próximo nunca foi tão mal quisto,
Em prece peço apenas a contenção de meu hedonismo feroz,
Que teima em jogar-me de cabeça a tentação.
És meus olhos rogando o estado de gozo
Eis aqui algo a conquistar,
Surgindo por entre fantasmas e fantasias do desconhecido.
E eu de pé no chão e olhos guiados pela malemolência
Do caminhar,
Rezo a Dionísio,
Em favor de um espírito libertino
O universo conspira.

Diogo Ramalho

terça-feira, 21 de junho de 2011

Loucura da realidade

Sou a loucura dessa realidade complexa,
Que não enxerga a lógica desse dito progresso.
Progresso destrutivo!
Casa...casa...comida, trabalho...
Trabalho...
Trabalho para viver,
Trabalho para gastar,
Trabalho para anestesiar.
Sou o que todos apontam,
O que na hora da criação da mente social deu errado.
Bizarro!
Pense cada vez menos,
Pense menos.
Enquanto enlouqueço pensando demais,
A centelha do existir fraqueja,
Um vento forte e...
...Apagou-se tudo.


Diogo Ramalho

quarta-feira, 9 de março de 2011

Um universo entre o setor de diversão


Entre o Conic e o Conjunto Nacional,

Há o pior quadro pintado pelo Estado.

Se fossem nomear a horrenda obra,

O nome provavelmente seria:

O descaso abraça o abandono

Ou...

O nascimento do exército de Viramundo.

Exército esse que marchará até a praça dos três poderes

E de lá ameaçará a ordem

E derrubará o poder desse sistema torto.

Fabricante de indigentes e viciados pelo domínio,

Que escraviza e destroem a vida de milhares

Pelo capricho de alguns poucos senhores.

Mas a cidade é a capital da esperança.

Esperança de que?

Esperança para quem?

Entre o Conic e o Conjunto Nacional

Há árvores que escondem debaixo de suas copas a pobreza

Que a cidade não quer ver,

Mas que desfila sua miséria pelas plataformas da rodoviária.

Entre o Conic e o Conjunto...

Um universo inteiro de degradação e outras mazelas,

Não surge um herói para buscar a paz.

A cidade moderna segue os passos de suas velhas companheiras,

Um levante de mendigos ainda tomará a cidade,

Todos com pedras nas mãos

E quando isso acontecer,

Não digam que eu não avisei!

Diogo Ramalho