Se eu pudesse encontrar
Um lugar onde minha poesia fizesse todo o sentido,
Onde todos gritassem a plenos pulmões o amor reprimido.
Tentam subverter minha ordem natural,
Injetando no meu espírito falsas necessidades
E distraindo-me das verdadeiras prioridades.
Não vivo sem meus versos,
Espalhar fragmentos do que sou
É meu papel nessa caótica obra existencial.
O capital rejeita o emocional,
O capital nos quer único, individual.
O capital não gosta de poesia,
O capital não quer versos.
Ele quer verba,
Baixos custos,
Grandes lucros.
Vivo em função de minha essência poética
E qualquer coisa que me desvirtue do que tenho de melhor,
Me deixa deprimido,
Sem sentido,
Desnorteado.
Sou dependente da minha veia poética
E circula forte o sangue versado,
O capital não quer versos.
O capital não quer versos
E sem meus versos o poeta rejeita a vida.
Diogo Ramalho
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