segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ainda há




Nada mais resta de mim,
Não há nada para se falar,
Preocupa-me apenas uma música e um baseado,
E o mundo se esgueira por debaixo dos automóveis estacionados nas estrelas.

O amor realmente sem fim,
O cheiro a agradar,
E as pessoas com seus pertences guardados,
Teia!
Armadilha,
Pensamentos castrados.

Não se pode mais amar,
Acendo mais um baseado,
O mundo me quer calado
E aos que apenas enxergam deixo minha voz,
Minha canção.

Devoram meu coração,
Sorvendo dele o amor,
Perigo pouco é bobagem.

Devoram meu coração,
Aplicam-lhe uma injeção
E anestesia a depressão
E o vazio invade.

Outros como eu virão
E não haverá
Como subjuga-lo,
Versos mostrando a verdade.

Não vão derrubar a casca,
Vou para a batalha,
Não vou me vender por ilusão.

Vou espalhar os restos de sentimento que transbordam em meu coração.
Os homens e seus meios,
Nenhum irá conseguir
Vim até onde cheguei,
Só pode chegar
Os que têm no coração a nobreza de um rei.


Ainda há amor!


Diogo Ramalho


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