Gostaria que não existisse o intervalo do salto,
Que ao pular instantaneamente já
me encontre lá embaixo,
Um instante de dor
E depois o silêncio.
Que meu espírito ludibriasse a morte
E ficasse a vagar sem sentido
Ficando longe da decisão,
Fuga do julgamento pelo onipresente deus
cristão.
Só quero que não ajam normas repressoras
Que nos molda como estúpidas figuras
conservadoras,
Existindo pela necessidade de está vivo,
Se sentir vivo.
De ser regido pela simplória necessidade de exprimir o que se
sente.
Valorização do emocional em um mundo que se mostra carente de
forma crônica.
Empatia,
Empatia.
Reconhecendo-se naquele que até outro dia não existia.
Eu não quero ter a sensação da queda,
O chão crescendo lá embaixo
E eu seguindo em linha reta,
O vento forte, o corpo leve sem pára-quedas,
Frustrado pela forma que a sociedade opera.
Som seco,
Baque forte,
Jorram...
Um Instante de dor
E depois o silêncio.
Diogo Ramalho
Poesia inspirada na poesia feita pela Sueli Martins, que se inspirou ao ler este blog.
Assim nada melhor do que esses versos terem o nome de Ciclo viciante de inspiração.
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