sábado, 18 de dezembro de 2010

Olhos e cabelos


O encanto no ato,

Pensamento Abstrato

Do que éramos.

Estranhos familiares

Que distantes apenas vão...

Com fogo nos olhos

E chamas nos cabelos.

Estarei eu ainda encantado?

É claro...

Como quem descobre o valor de cada passo encontrado.

Diogo Ramalho

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

As peripércias do amor involuntário


Há tristeza maior do que passar as noites frias a esperar por um amor que não voltará

Nunca mais...

Pior que perder o grande amor para a morte

E ter a certeza que o amor morreu

No coração da amada ainda viva.

Há em meu peito um sentimento que não cala,

Mesmo no pior dos momentos

Onde a força tento não pensar em quem partiu.

Não há inferno onde eu desça para resgatar o amor perdido,

Inferno maior é o que vivo sem a paz de um amor tranqüilo,

Sem lira para tocar.

Ao menos se a morte fosse minha companheira,

Mas não é minha e nem do amor que se vai,

Há um vazio na alma que me faz sentir um frio incalculável no coração até outrora palpitante.

Há em mim a imensa tristeza de ter perdido um amor que ainda vive,

E que mesmo insistindo em tirar do peito toda dor de amor que sinto,

Como erva daninha ele cresce e cobre meu coração com suas folhas e espinhos,

Desço os sete degraus sem ter morrido por completo,

Sou algo que anda e não sabe para onde vai,

Sou alguém que sorri para esconder a amargura no peito,

Sou alguém que a alma grita e dos meus lábios não saem sons

E sou a infelicidade de todos os casais felizes.

Não há sentimento compartilhado,

Nem sei se Deus se diverte com minhas noites de agonia em meu quarto vazio

Onde rogo por um sono eterno,

Não por medo da vida ou por desespero,

Mas por não ver sentido no mundo que me deixaram.

Não há liberdade em quem ama com fervor alguém que não vem,

Apenas um prisioneiro de meus sentimentos é isso que sou,

Como quem ama a lua e não pode toca-lá,

Como quem abre os olhos e não há nada para ver,

Meus olhos querem os seus,

Minha alma quer companhia,

Sair do mar gelado em que ela bóia esperando o fim de tudo.

O fim de tudo...

De tudo que se chama amor,

De tudo que mais amo,

De tudo que insisto em amar,

De tudo que me prende as lembranças já há muito tempo esquecidas por uns e vividas por outros.

Sou a angustia do mundo que não entendo,

O rancor que expurgo com vontade,

O que só quer um bem,

O que acorda todo dia sem vontade de está de pé,

Pois há dor maior que perder o grande amor para a morte

É amar e ter a certeza que não nutro o que sinto por que quero

E sim porque tal sentimento me invade

Fazendo-me prisioneiro de um amor que a morte não levou,

O que morreu foi o amor no coração da amada ainda viva.

Viva...

Diogo Ramalho

domingo, 6 de junho de 2010

O salto



Da primeira vez foi totalmente por acaso. Correu pelo corredor fugindo da mãe que o perseguia com um cinto na mão, rapidamente entrou no quarto e fechou a porta atrás de si, indo se esconder dentro do guarda-roupa, logo sua mãe estava dentro do quarto e com a voz calma e ameaçadora que só as mães sabem falar disse:
- Saia de onde estiver eu vou te achar e você vai apanhar em dobro.
Dizendo isso ela passou a vasculhar o quarto, dentro do guarda-roupa Ahab tentava não se mexer e muito menos fazer barulho. Seu coração batia forte, pela primeira vez tinha saciado o desejo de matar algo maior que um rato, a vítima foi o cachorro bem tratado de sua tia rica, assim conheceu a morte e entregou-lhe em brasas o presente canino, agora dentro do guarda-roupa ele fugia da punição de seu crime.
Depois de verificar debaixo da cama e atrás das cortinas sua mãe caminha até o último lugar que falta olhar, o guarda-roupa, lá dentro Ahab sabia que levaria mais uma surra memorável, ele nunca desejou tanto está longe dali e quando viu a luz entrar pela pequena brecha que se abria fechou os olhos. Sua mãe abriu o guarda roupa e lá não havia nada.
Enquanto isso a empregada gritava no quintal, roupas de espalhavam pela grama e no meio das roupas Ahab com as mãos sobre os olhos, ao abrir os olhos novamente o garoto de olhos arregalados tinha a expressão mais assustadora que uma criança poderia produzir. Sem entender o que aconteceu ele ficou parado enquanto sua mãe chegava ao quintal e lhe aplicava a surra que lhe prometerá, dessa vez não sentiu dor, lágrimas também não houve, ele era especial, a única coisa que conseguia pensar era no que havia acontecido. Ahab tinha apenas dez anos e nunca conseguiu entender e muito mesmo esquecer o que lhe aconteceu, às vezes se pegava tentando repetir o feito, mas não sabia como.
Aos quinze anos entendeu como funcionava seu dom, sua mãe indo para o trabalho sofrerá um acidente de carro e a noticia deixou o jovem Ahab transtornado, a empregada da casa achou melhor ao levar o garoto ao hospital, nervoso e impaciente ele caminhou de um lado para o outro do seu quarto, sua mãe era tudo que lhe sobrava, queria vê-la de qualquer jeito, então em questão de segundos estava ele parado na frente da porta do quarto de sua mãe no hospital, a confusão de gente no corredor era tamanha que ninguém percebeu que o jovem apareceu do nada, mas chegara tarde sua mãe acabara de falecer. A dor lhe ensinou a usar seu dom era a vontade que o movia, seu desejo profundo de sair daqui e em um piscar de olhos está em qualquer lugar.
Os dias se passaram e cada vez ele ia mais longe até que teve a idéia de ir onde nunca foi antes e seu poder não funcionou, descobriu assim que só conseguia ir até onde seus olhos enxergavam, seus olhos enxergavam fotografias e assim conheceu o mundo, para viver passou a roubar lugares onde chaves comuns não abriam.
Com dezoito anos já não precisava mais roubar para viver, era independente e construirá pra si um esconderijo no coração da selva onde apenas um fotografo ousado e ele sabiam chegar, mas todos os dias ia a sua cidade natal, visitar os pouquíssimos amigos que ainda conservou. Em uma de suas visitas Ahab se viu flechado pelo inconseqüente cupido, Anabela enfeitiçara o suposto mágico, linda, alta, branca como a mais fofa das nuvens e dona de um sorriso que destruiria reinos inteiros.
Todos os dias Ahab ia visitá-la, até que decidiu abandonar seu esconderijo selvagem e voltar a morar na cidade. Ele amou e foi correspondido, a única dúvida certeza que tinha em sua vida virou dúvida. Deveria ele contar seu segredo à mulher amada? Algumas vezes quase o fez, mas para a segurança dos dois decidiu nunca contar. Todo herói tem um vilão pensava ele.
O mundo para Ahab se resumia apenas a seu anjo branco, continuou a ir a outros lugares apenas para conseguir coisas que fossem agradar sua amada. E quatro anos se passaram e o amor que recebia lhe era suficiente, mas para Anabela era a vez de ouvir os sussurros sedutores do mundo e o amor que era rocha começou a ser fragmentado pelas gotas da dúvida e a jovem apaixonada não estava mais sentindo o amor lhe tocar.
Amor, sentimento que precisa sempre ser nutrido e assim Ahab se sentia completo apenas com a presença de sua mulher amada, mas cada vez mais Anabela se esquecia do seu amado até que o amor foi alvejado pelo tiro certeiro da separação, conversas sem sentido, perguntas sem respostas e um fim certo, nada fazia sentido para Ahab e queria ele está no lugar solitário que podia imaginar e lá ele apareceu. O grito de acabou ecoou há 8.848 metros de altitude, no alto do monte Everest, no frio insuportável, sentado na neve, na escuridão total da noite ele chorou, como nunca antes havia chorado, as lágrimas congelavam ao cair no chão coberto de neve.
O sol já aparecia no horizonte e do topo do mundo ele viu o nascer de um novo dia, assim decidiu que voltaria para seu verdadeiro lar, seu esconderijo e assim deixou de ser visto, todas as noite Ahab ia ao quarto de sua amada e no escuro velava o sono de Anabela assim o fez sempre que pode, no entanto uma noite quando se teletransportou, viu algo que lhe feriu mortalmente, seu anjo, a mulher que mais amou estava entregue a outra pessoa, quase que instantaneamente voltou para seu esconderijo e naquela noite os animais puderam ouvir os lamentos do único ser humano que pisava no coração da floresta. Seu dia foi de tristeza e magoa, mas na noite seguinte decidiu se teletransportar novamente ao quarto de Anabela onde tocou-lhe a face e a levou consigo para seu esconderijo, deixando sua amada dormindo em sua cama, sentou-se em uma poltrona próxima e esperou que ela despertasse. No meio da madrugada Anabela despertou e assustada se viu em um lugar estranho e repleto de fotos, olhando em volta seus olhos pararam na figura que sentado se escondia na penumbra do quarto, reconhecendo Ahab ela corre em sua direção e quando chega a sua frente percebe que ele chora.
A voz era séria e grave, ele falava com calma e pausadamente para que ela entendesse cada palavra e assim revelou seu segredo, logo depois derramou-se em declarações de amor que de nada adiantaram, pois com as mãos cobrindo as orelhas e de olhos fechados Anabela repetia baixinho:
- Eu não te amo, eu não te amo, eu não te amo....
O amor findou, tomado por uma fúria irracional, odiando o seu maior amor Ahab segura Anabela e se teletransporta para a boca do vulcão Kilauea onde rapidamente beija os lábios de sua amada e se joga segurando Anabela pelo braço, o calor era infernal e a queda rápida, Ahab olha os olhos de medo de Anabela que chora, os dedos vão se soltando devagar do braço da amada e ao soltar-se Anabela grita:
- Era mentira...
Diogo Ramalho

terça-feira, 4 de maio de 2010

Valentine


Expressão que marca,
Sensibilidade impar,
Percepção em ascensão constante.
Minha alma se alegra,
Em ver que a poesia não tem apenas belos versos,
Mas também lindas semeadoras do campo fértil da poesia,
Mudando, moldando o mundo com penas em punho.

Diogo Ramalho

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Psicólogos de Almas


Passos no telhado da casa que não tenho
Percebo a insuficiência de ser pouco a mim mesmo
Percebo também minha pouca sapiência
Precisos bocados de memória me levam a analises
Levam-me a busca de uma memória a muito perdida
Sombras de minha formação
Espectros de minha própria alma
Busca infinda por compreender-me
Mas umas busca em vão, perdi-me em mim,
Como barco na correnteza em descida vai
Seguindo a maré que me leva ao nada
Quantos o mesmo martírio enfrenta, cantam e contam
Estórias e prosas que para mim parecem balelas
Perceber a verdade é dom de poucos
Viver de ignorância não é um dom
Acomodar-se não é saber
Nem ter fé
É viver de olhos fechados para o poder do saber
Sementes têm por obrigação germinar, mas
A sociedade poda as suas melhores árvores, aquelas que dão Os melhores frutos e...
Oprimem qualquer manifestação oposta aos padrões
Mantêm vivos velhos dogmas repressores,
Velhos pilares da falsa moral
Pilares sustentados por generais hipócritas
Falidos, apátridas e mercenários capitalistas,
Parias do poder militarista e capitalista
São a escoria da raça
Os vermes do sistema
Cabe a nós modernos profetas enfatizar a contrariedade disso
E lutar com penas em punho, lutar pela vitória do poder igual,
Usando essa espada metafórica tão afiada pela filosofia verdadeira
E exterminar o poder opressor, porque agora é hora do novo, é hora dos heróis metafísicos.
Salvadores anônimos, psicólogos de almas.
É o que somos sem admitirmos, então que venha o próximo.



Diogo Ramalho e Thiago Allexander

terça-feira, 27 de abril de 2010

Romper


Quando tudo parece perdido,
Vejo-me novamente de pé,
Como se estivesse novo,
De novo.
Não tenho tempo para pensamentos ruins
Ou para apego desnecessário.
Aprendi que o problema nunca é o que parece,
Pessoas se preocupam com minúsculas coisas
E isso não é bom,
E isso não faz bem...
Ergo-me,
Bato a poeira de minha roupa,
Dou passos adiante e acendo o meu bom cigarro,
A alma pronta,
Lavada.
Despreocupado rejeito tudo que me ofertam
De má vontade,
Absorvendo apenas o bom...
Ei...
Amigos,
Estou de volta!
Mais não se engane o poeta que pegou o caminho
Triste não é o mesmo que voltou de lá.
Tudo muda
E até os poetas tem o direito de não estarem eternamente tristes.


Diogo Ramalho

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Bateu asas e voou...


Em um futuro pós apocalíptico,
Brasília vazia,
Sob o céu do cerrado,
Cansada do concreto.
Se transforma em borboleta,
Bate as asas e sai voando.


Diogo Ramalho

domingo, 18 de abril de 2010

Sem choro, nem vela




Desejos são atendidos,
O problema é que não se sabe a quem agradecer,
Não serei eu um rancoroso que fará da vingança uma forma de aceitação.
Sei de teus segredos,
Mas não sou a melhor das pessoas para cobrar perfeição.
Nos dias anteriores percebi o quanto faltava para o fim.
Pressinto que tudo não passa de uma rápida despedida, sem choro, nem velas apenas o pó de algo que um dia foi vida, foi sentimento.
Não quero choro, apenas um sorriso e uma boa lembrança.


Diogo Ramalho

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Tentativa


Não me diga que nunca tentei dizer adeus,
Faço tentativas 24 horas por dia,
Mas a cada porta que abro vejo pedaços seus
Se esgueirando por entre as tábuas de minha cama.
A tentativa frustrada de fugir me corta a carne a cada passo em falso que dou.
A lâmina quente e afiada disseca minha pele
E a expõe como peça rara em sua sala de estar.
Nada é pior do que se sentir incapaz,
Do que ter a sorte nas mãos e entregar ao primeiro inútil que aparecer.
Tenho andado cabisbaixo e diariamente embriagado
E no alto de minha embriaguez vejo um falso senso de direção que me induz ao erro,
Venho insistentemente errando e dissolvendo
O amor que sentem por mim em copos de destilados.
Perguntam-me se sou feliz,
A felicidade não escreve poesias ou versos,
A tristeza sim!
Essa escreve com maestria e perfeição.
Espero que nunca me digas que nunca tentei dizer adeus,
Tentei e continuo tentando e sentindo a lâmina cortar a carne.
Nunca pedi tanto para que minha vida fosse levada pelo ceifador, para que tudo isso tivesse um fim.
Para que eu nunca mais pudesse acordar.

Diogo Ramalho

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Ódio é mais profundo que a Raiva


Lembranças antes boas atormentam minha mente,
Tento fugir dessa solidão que aplaca meu coração.
Nutrindo um ódio que desconheço,
Chega de tanto sentimento brincando comigo,
Nunca acredito que tudo será igual,
E isso eu não quero mais...
O amor saiu do meu caminho me apresentando
Outra alternativa.
Conseguindo apenas entregar ódio,
Que consome meu equilíbrio interno,
Gerando uma mágoa crônica.
Confesso...
Odeio-te
Com todas as minhas forças,
Como quem repudia o que não faz bem.
Odeio-te
E insisto em nutrir isso em mim.
Odeio-te
E não sabes,
Odeio-te
E me sorri.
Isso me dói...
Me consome e faz com que esquecer não seja tão dolorido.
Entorpecer é quase que necessário para essa descontaminação,
Esquecer esse amor sem cura que me deixa doente
E é por isso que esforço-me tanto em te odiar.
Com uma garrafa de vinho e vários amigos imaginários
Brindo a tua ausência,
Brindo a tua infelicidade
E rogo para que algum suposto deus lhe ofereça uma morte
Cruel e lenta.
Para que eu possa viver em paz...
Sem precisar nutrir tanto ódio
Por alguém que
Não pode falar mais nada.


Don Diogo Ramalho

terça-feira, 16 de março de 2010

Eu odeio você


Eu odeio você,
Com todas as minhas forças.
Eu odeio você,
Mesmo que seja mentira.
Eu odeio você,
Mesmo que lhe ame.
Eu odeio você,
Mesmo que eu me engane.
Eu odeio você,
Mesmo que isso lhe faça chorar.
Eu odeio você e todas as suas mentiras e omissões.
Eu odeio você e sua acomodação, seu banzo, sua preguiça e seu tédio.
Eu odeio você e farei destes versos um mantra.
Eu odeio você e sua indecisão.
Odeio seu carinho amigo,
Seus amigos amáveis e sua tendência aos rolos fraternais.
Minha vergonha não me permite aproximações amigáveis,
Mutação do amor,
Face oculta,
Semente do mal.
Odeio minha bondade,
Odeio minha insistência afetiva e sua apatia sentimental.
E por tanto insistir em querer lhe odiar que às vezes me pego sonhando
E nos meus sonhos me derramo em amor.
Odeio meus sonhos.

Don Diogo Ramalho

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sou assim


Abrir os olhos e se encontrar no escuro,
Se perder é necessário para uma jornada de conhecimento,
Olhar faces de conhecidos e ver apenas estranho que nos sorri com desdém.
Eu sou o amor esquecido dos jovens casais,
A ferida exposta de um coração quebrado.
Perdemos,
Perdemos...
Declínio rápido e imperceptível,
O medo do escuro é não poder ver o que se encontra entre eu e a parede.
Caminharam léguas tirana para descobrir que a luz no fim do túnel nada mais era do que uma vela em frente a um grande espelho,
Meia volta caminhar é preciso,
Como meu igual,
Caminhando é que se sente,
Sinto muito,
Não queria destruir esperanças.
Sou eu o filho do mau agouro,
O que sempre teve de sofrer para saber o que é felicidade,
Sentimento,
Sente e minto,
Sem pudor,
Sem vergonha,
Como, devoro todos os meus medos
E a passos largos saio à procura de uma nova luz,
E a descubro no lugar mais impróprio,
Dentro de meu ser.

Diogo Ramalho

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sonhos de uma noite de curtição



E no meu mundo sonhar ainda era possível.
Como que para fugir da realidade
Fechava os olhos e me lançava no abismo do desconhecido.
Canções embalam meus pensamentos
E fervem minhas idéias,
Cada vez mais paranóico,
Sempre perdendo um pouco do meu lado bom,
Conservando o meu espírito aventureiro,
Sem esquecer de matar vontades e saciar minha sede de sangue novo.
Fora do real ninguém pode me ferir,
Nada me atinge e continuo forte,
Sonhos nada comuns,
Mortes reais,
Eu com sorte de sobra
E azar para os vampiros sentimentais,
Sugue o meu mal,
Sintam meu ódio e morram envenenados com meu sangue podre.
Sonho para fugir,
Acordo forte para um mundo real
E vejo meu apogeu chegar,
Uma bandeira é hasteada em cima dos corpos de meus inimigos.

Diogo Ramalho