terça-feira, 20 de novembro de 2012

Poema de rancorzinho




Outro dia andando pela rua uma amiga sua me parou e me disse que você queria falar comigo,
Me pediu para ligar para você...
Você não vai acreditar,
Se eu disser que não dá pra ligar,
Apaguei da agenda seu número,
De casa e do celular.
Não vou cair em tentação,
Recaída? Não!
Evito lugares onde eu possa te encontrar
E evito suas amigas que
Tem sempre noticias a dar.
Ela está bem, namorando e tudo mais,
Como se eu pergunta-se ou ainda corresse atrás.
Sinto falta, fico triste, mas egoísta não sou não,
Cada um segue seu rumo e o meu
É longe do seu,
Mais apesar disso te esquecer é algo que nem rola.
Nossas fotos são cinzas,
Tento não recordar,
Mas o coração traidor insiste em intervir
E o que antes era indiferença
Agora é melancolia.
Agora durante a noite tento não sonhar com você
E ao ver-te faço tipo, disfarço
E como Forrest eu poderia correr,
Para longe, longe,
Bem longe de qualquer lugar que possa me lembrar.
Não há mais o que recordar,
A minha vida é baseada em drogas e álcool demais
E assim supro a necessidade de você,
De viver
E aos poucos definho nas sarjetas da cidade-monumental.
Se não acredita,
Veja onde estou,
Um poeta mendigando carinho.
Pobrezinho...
E ainda passa uma amiga sua e diz:
Quando puder ligar pra ela...
Ligar?
Pra que?
Pra quem?
Se a vida não me ajuda,
Então não preciso de ninguém...

Diogo Ramalho

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