segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

P.E.A


Ao ver mais um dia nascer,
Percebo que tudo será igual ao dia que passou,
Pessoas boas dominadas por pessoas más.
Desejam apenas um final tranqüilo,
Onde haverá sossego
E seus esforços serão recompensados.
Mais o sonho se tornou algo distante,
No instante em que fugi do mercador de almas,
Aquele que nos fez duvidar da vida,
Poucos questionaram,
Fomos jogados no limbo,
Sem direito a existir.
Por não pedir desculpas,
Por não agradecer,
Por não aceitar ser um servo.
Não há vida em um cotidiano rápido,
Não vemos o passar do tempo,
Apenas trabalho, trabalho
E ao abrir os olhos numa manhã nublada
Estou velho.
Futuro?
Previsível,
Labuta diária,
Futuro?
Só se for amanhã...
Sem querer o pensar,
Pois a maioria não sabe como.
Sabendo que não há perspectiva,
Sem planos a longo prazo,
Vivendo agora,
Para pagar contas sem parar,
Sempre presos a dívidas que não precisamos
E consumir usando o dinheiro que não se tem.
O dia amanhece novamente e lá vem o mercador
Com suas grandes ofertas
E mais uma alma se perde
Ao se tornar uma pessoa economicamente ativa.

Diogo Ramalho 

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