segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Aqui Jaz a verdade




Quantas verdades morrem
Com métodos contra-conceptivos?
A cada estocada uma visão de horror.
Mentiras forjadas a golpes de marreta,
A vida se extingui no fundo do coador,
Uma argola é retirada do âmago,
Uma vida se extingui junto com a verdade,
Há algo que teima em nascer, 
Mentira!
Há algo que deseja nascer, 
Mentira!
Há algo que precisa nascer.
Mentira!!!! Mentira!!!!
Ela chega de mansinho e nasce
Nove dias depois do ato executado,
Prematura, coitada, nasceu sem querer.
No lixão próximo a cidade jaz a verdade
Embrulhada para presente,
Dividindo espaço com lixo orgânico,
Um bebé abortado
E  um político honesto.
Enquanto isso do outro lado da cidade
A mentira cresce forte, saudável e contente,
Até que um dia ela não conseguirá
Fugir por causa de suas pernas curtas
E enfim teremos a verdade suja
E fétida revelada,
Mas será a mais pura verdade.

Diogo Ramalho

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