Algo
fervilha na mente
Não
sei bem o que é...
Se
soubesse talvez fosse mais fácil resolver.
Ando
sentindo polissemia em todos ao meu redor,
Cada
palavra é uma interrogação que brota em meu ser incrédulo.
Oh,
que não me agüento mais de tantas coisas a corroerem minha razão no momento em
que mais preciso dela.
Como
se fosse uma provação, um teste,
Odeio
todos os tipos de provações,
Talvez seja por isso que é tão difícil para eu
pensar com clareza.
Mas
aquele velho anjo de asas que outrora eram brancas e hoje são de um branco
encardido chegou-se junto a mim e me fez revelações que um dia eu jurava serem
mentiras ou meias verdades.
Vejo
meus companheiros se aliando aos meus inimigos e pedindo minha cabeça.
A
cada passo, um novo ser que me ataca, a cada esquina um novo amor que se
converte em ódio.
Meus
sentimentos andam voltando à calmaria,
Se
aquietando e acostumando com as peripécias do amor.
E
eu que me julgava incapaz de amar de novo me vejo apaixonado.
Vai
entender essa porra!
Diogo
Ramalho
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