Vivo...
O jogo não tem regras,
Mas tem consequências.
Morto...
Ao lado do caixão um festival de choro e exaltação.
Como vamos viver sem ele?
Vivo...
Quando aí estava,
Estava sempre melancólico,
Muitas vezes sozinho
E frequentemente infeliz.
Morto...
Todos o amam,
Flores e versos,
Elogios e declarações.
Ao saber que os olhos nunca mais irão se abrir,
Aproveitam e fazem o momento parecer morbidamente belo.
Vivo...
Contava nos dedos quem lhe importava
E quem se importava também.
Não amou muito...
Hoje todos fantasiam que o amam.
Por que?
Morto...morto...morto...
Diogo Ramalho
2 comentários:
Diogo sempre arrasando nos poemas!
Boa indagação.
Valeu Su!
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