sábado, 2 de fevereiro de 2013

Benevolência




De todos os meus delitos,
O melhor foi matar os desejos
Que me iam à alma.
Aos poucos me vejo em velhos espelhos,
Há tempos não me enxergava,
Andava com outras pernas,
Olhava-me com outros olhos,
Escrevia com meus “amigos” de tristeza.
Terrorismo emocional em almas alheias,
Queria não derrubar torres que não me pertencem,
Mas infelizmente não sou tão benevolente.
Escondido em cortinas e por trás de grandes obras humanas,
O fervor que causa no fundo de minhas retinas me faz bobo,
Uma vida apenas para recordar.
Um dia apenas para não se arrepender,
Prefiro viver a eterna sensação a nunca ter me arriscado.
Minha ilha de edição não faz resumos de lembranças,
Poupando o fôlego e o meu animo,
Não sou filho de nenhum deus,
Nem servo de nenhum demônio,
Sou apenas meus versos,
Meus poemas,
Uma vida poética,
Dedicada a pessoas que me inspiram
E me fazem viver em um eterno romance de Romeu e Julieta.


Diogo Ramalho

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei esse! Quando olhamos em espelhos antigos, vemos o passado e podemos melhor fazer nosso futuro! Meu amigo adoro suas palavra..=D