segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O negócio e a alma




Faz a ação,
Ela conta para a outra,
Que comenta com o namorado,
Que achando que é mentira conta para os amigos,
Que numa festa em um sábado qualquer vira boato.

Uma moça distraída escuta o boato e o passa a diante,
E um ato
Viram dois, três, quatro e por aí vai...

Soberano por conta de conversas passadas e repassadas,
Os convites chegam,
O vinho, a pele, o coito.
O coringa do baralho feminino,
O par quase perfeito,
O amigo.

Ele desconhece o que se espalha,
Apenas se surpreende com a excelente fase.
Não faz nada demais,
Apenas vive de forma reservada.

E a notícia se espalha,
Até o diga em que a fofoca acaba
E a vida acalma
Dando sossego para aquele que abraçou carinhosamente o desapego.



Diogo Ramalho

Nenhum comentário: