Paredes lindamente decoradas,
Dá destaque as frases sujas feitas com bosta,
O cheiro fétido insulta o olfato
Como as frases insultam os olhos,
O Ego,
A alma.
Lenços unidos,
Formando a corrente que me tirará desse horror,
Tudo ao redor alegre,
Tudo de uma forma estranha,
Uma inversão do que se faz e do que se fez.
Visão embaçada faz com que as pessoas não vejam no que a
humanidade se transformou.
Relações baseadas em vai e vem,
Somos fortes,
Mas o ódio parece que vai vencer.
Esqueçam não existo mais,
Esqueçam não somos tão especiais.
O pé vacila e está próxima a hora de se desligar,
Os olhos se viram
E já é difícil respirar.
Ar, Ar, Ar...
Falta ar, falta vida, falta amor...
Não sou o primeiro nem o ultimo que se entregou.
A parede linda tem uma catinga sem fim,
Apenas aos olhos é admirável,
Cheira...
Não pense,
Nem se arrependa,
Não queira melhorar...
Não queira!
Ouçam a velha canção,
Caos acompanhado de mentiras midiáticas,
Ouçam...
As vértebras cervicais se rompem.
Ar, ar ,ar...
Secção da medula espinhal,
Já não sinto nada,
Anestesia total,
O ar não entra
E o que está dentro sai...
Corpo sem sentido,
Mundo sem sentido,
Apegado e brigando por bobagens.
Escute,
Ar...
Escute...
Falta ar.
Corpo,
Buraco,
Terra na cara.
E o outro lado não é nada do que se esperava.
Diogo Ramalho
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