Árvores de sangue,
Que prendem almas em suas
raízes,
Que guardam corpos em seu
caule
E sussurra segredos ao bater
o vento nas folhas
Que não caem no outono.
Árvores que me chama, que me
implora,
Para que eu cave sua base
E encontre dentro do seu
íntimo
O segredo que liberta todas
as almas presas,
Segredo esse que morre com
quem desenterra
A seiva de ouro,
Encontrando com a morte o
segredo de outra vida
Que não era a sua,
Mais que uma árvore tratou
de transformar em algo uno,
Árvores de sangue que me
expulsa de meu lugar,
Onde tantas vezes pensei em
ser algo
Hoje me vejo distante de
tudo
E mais perto da morte.
Diogo Ramalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário