segunda-feira, 8 de abril de 2013

Árvores de sangue




Árvores de sangue,
Que prendem almas em suas raízes,
Que guardam corpos em seu caule
E sussurra segredos ao bater o vento nas folhas
Que não caem no outono.
Árvores que me chama, que me implora,
Para que eu cave sua base
E encontre dentro do seu íntimo
O segredo que liberta todas as almas presas,
Segredo esse que morre com quem desenterra
A seiva de ouro,
Encontrando com a morte o segredo de outra vida
Que não era a sua,
Mais que uma árvore tratou de transformar em algo uno,
Árvores de sangue que me expulsa de meu lugar,
Onde tantas vezes pensei em ser algo
Hoje me vejo distante de tudo
E mais perto da morte.

Diogo Ramalho

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