segunda-feira, 15 de julho de 2013

Zelo



Minha felicidade não é plena,
É limitada,
Mas depois de tanto tempo sem crer na tal felicidade
O limitado me basta,
E será o bastante para mim enquanto durar.

Tens um coração poético cativo,
Um misto de perigo e abstração.
Qual perigo?
De acostumar-me com um coração pedindo afago,
De nutrir o peito de forma irresponsável.

Dissolvo-me em sentimentalidades ao ver-te sorrir,
E ficar ao seu lado é como admirar um belo nascer do sol,
Sem palavras,
Apenas sentindo o calor dos raios que invadem meu corpo
E fazem-me bem,
Como uma boa dose de vitamina D.

Minha felicidade não é plena,
Mas é bom assim,
Não tiro o pé da realidade
E não temo o choque que me mostra o mundo de verdade.

Eu olho,
Eu olho...
És a minha mais bela inspiração,
A harmonia suave que acalma meu coração.

Vivem os tolos a mendigar sentimento,
Outros idiotas se apegam apenas ao carnal
E eu? Eu quero corpo, espírito e mente.
Quero o amanhecer amoroso
E o dormir sonhador.

Quero a almejada felicidade,
Não uma felicidade plena,
Uma felicidade limitada já me basta.


Diogo Ramalho


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