sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sem nada




Nada como voltar para casa,
Mas ao chegar próximo a terra
Porto já não há mais.
O que outrora era uma grande cidade prospera,
Agora não passa de ruínas dominadas pela selva.

Como se fosse um futuro que não vi chegar,
Como se a vida corresse de uma forma fantástica
E não se pode notar,
Sempre ocupado em martelar a calculadora,
Dinheiro, jóias e cortes na fortuna dos outros,
Buscando a paz perdida na velha casa o aconchego do lar.

Mas casa já não há mais,
Nada que seja familiar ou reconfortante.
Uma vida de angústia,
Sem porto seguro para ancorar,
Seus inimigos transbordam inveja
E esperam seu pé vacilar para que possam saquear seu ouro
E quando arrancarem tudo que possui
Em um grande ritual sacrificarão sua vida em troca de uma proteção obscura.

O que restou? Acumulou e ficou sem ouro, sem porto e sem casa,
Perdeu a vida e na roda dos que se diziam amigos
Seu nome agora é piada.



Diogo Ramalho

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