terça-feira, 9 de julho de 2013

Passeio pelas ruas desertas de São Sebastião Ou Prepare para esticar o cordão Ou Aquele que ninguém vê caminhar



Sempre que o dia nasce,
Espero os júbilos de um novo dia,
Como recompensa ao desgaste do dia que passou,
Mas o dia passa e me sinto mais cansado,
A noite vem e com ela o sono.

Luto para não dormir, mas
Entre uma piscadela e outra
Vejo seu contorno parado à porta
E sei que não passa de uma brincadeira sem graça de minha mente cansada,
Mas mesmo assim me levanto e vou...

Não sei exatamente onde vou...
Mas sei que ir é preciso,
Por isso vou.
Ouço o respirar do corpo que ficou,
E sem medo estico o cordão e vou.

As pessoas não me vêem
E os cachorros latem quando passo.
Vago como alguém que não sabe para onde vai.

E tudo que tenho de minhas noites são lembranças
E já não sonho mais.
Tudo recordações do passeio que dou,
E o dia parece querer chegar,
Me fazendo muito mal....


Maldito sol,
Vai embora por favor.
Sempre que o dia nasce,
Espero a recompensa pelo dia que passou
E não há nada...
Passa o dia ,
E mais uma noite chegou...



Diogo Ramalho

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