quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Vivo e alado



Aos sons das gotas que caem devagar na chuva do fim de tarde,
Tento manter-me seco,
Mas me impulsiona a vontade de está sob a chuva.


Já não há mais frio,
E escorrem gotas pela juba quase molhada,
Poças,
Pés e água descendo pela sarjeta,
Os sapatos atiro ao ar,
E pisar no chão molhado me faz melhor.


E no alto vejo os raios desse suposto deus,
E me sinto livre,
Sem poder voar,
Já não me importo muito,
Com os que ficaram para trás.


Os sons estão cada vez maiores,
Um estrondo anormal,
E posso afirmar que deus desceu.


Gotas e um vento frio,
Água escorre pela sarjeta
E o brilhante corpo
Já pode voar.


Os que não viram,
Duvidaram do poder de voar
E nas nuvens acima da chuva fui morar.




Diogo Ramalho

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