segunda-feira, 17 de junho de 2013

Do primeiro ao último



E mais um copo que se esvazia
Enquanto a tequila esquenta o estômago
E ludibria a mente.
A casa fria,
A brisa doce
E o sussurro da sua voz
Que me chega como um soco.
E outra dose que eu levo a boca,
Cabeça zonza e o seu cheiro continua impregnado em minha roupa,
Me deixa louco
E a fumaça que envolve o quarto me dá sono.
Eu ouço vozes,
Vejo seus vultos,
Apagando a luz do quarto eu me jogo em minha cama
E sinto falta.
A luz invade minha janela
E pela brecha da cortina ilumina o meu rosto
E a expressão de desespero posso ver pelo espelho no canto esquerdo.
Tanta dor e o sono que era muito agora é pouco,
Estou insone,
O álcool e o peito ferido me consome
E o sol nasce enquanto embriagado eu desmaio
Em minha cama.


Diogo Ramalho

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