terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Poema de velhas putas

Há algum tempo atrás morreu a puta mais velha da vila,
Novas putas surgiram e se tornaram velhas e foram morrendo para dar lugar para novas putas,
Formando assim um ciclo que nunca terá fim.

As pessoas da vila podem morrer, levando consigo seus jovens iniciantes e seus velhos simpáticos,
A vila pode até ter um fim, mas sempre haverá em algum lugar do mundo a figura da velha puta, sempre a margem da sociedade e sempre sendo amante dos homens que a marginaliza.

E ao final desses homens que detêm o “poder”, putas novas e principalmente putas velhas poderão sentar-se nas calçadas e esperar o fim de toda velha puta e ao morrer, todas elas ascenderão para o outro lado, onde se encontram todas as putas mais velha de todas as vilas.

Diogo Ramalho

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