sexta-feira, 1 de julho de 2016

Chegada do cara amarela

O sol nasce invadindo as frestas da janela,
Um palavrão brota de meus lábios,
Os olhos se abrem
E luto para que o sono que demorou tanto a vir não se vá tão facilmente.
Alarme...
Alarme...
Alarme...
Perdendo a esperança
Aos apertar continuamente a função soneca.
Gritos ecoam do portão
De súbito em meus lábios
Outro palavrão
E arrasto-me ao banheiro,
Meu reflexo no espelho parece em desespero.
E corre o dia,
Ruas cheias,
Pessoas vazias.
Uma cidade por hora,
Mil pensamentos por segundo
E antes que eu seja derrotado
O dia acaba com um por do sol digno de aplauso.
Na noite o cansaço some
E o sono se esconde
E entre livros, filmes e séries,
Passo boa parte da noite insone,
Deitado a espera,
Penso no beijo dela,
Preocupa-me o por vir,
Queria que ela tivesse aqui.
Contas a pagar,
Mil coisas a me preocupar
E quando o sono vem
O sol vem também
E já é hora de acordar para o mundo de novo.


Diogo Ramalho

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