quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Ódio é mais profundo que a Raiva


Lembranças antes boas atormentam minha mente,
Tento fugir dessa solidão que aplaca meu coração.
Nutrindo um ódio que desconheço,
Chega de tanto sentimento brincando comigo,
Nunca acredito que tudo será igual,
E isso eu não quero mais...
O amor saiu do meu caminho me apresentando
Outra alternativa.
Conseguindo apenas entregar ódio,
Que consome meu equilíbrio interno,
Gerando uma mágoa crônica.
Confesso...
Odeio-te
Com todas as minhas forças,
Como quem repudia o que não faz bem.
Odeio-te
E insisto em nutrir isso em mim.
Odeio-te
E não sabes,
Odeio-te
E me sorri.
Isso me dói...
Me consome e faz com que esquecer não seja tão dolorido.
Entorpecer é quase que necessário para essa descontaminação,
Esquecer esse amor sem cura que me deixa doente
E é por isso que esforço-me tanto em te odiar.
Com uma garrafa de vinho e vários amigos imaginários
Brindo a tua ausência,
Brindo a tua infelicidade
E rogo para que algum suposto deus lhe ofereça uma morte
Cruel e lenta.
Para que eu possa viver em paz...
Sem precisar nutrir tanto ódio
Por alguém que
Não pode falar mais nada.


Don Diogo Ramalho

Um comentário:

Kal Calisto disse...

entendo-te que que perfeitamente...