domingo, 27 de setembro de 2009

Cabresto do cão


Abrir os olhos e pensar por vontade própria,
Levantar e olhar a cama meio desarrumada,
Um quarto quase vazio,
Um sonho quase real,
Uma cadela no cio,
Um encanto mais que sexual.

Matando minhas esperanças,
Uma forca feita de rendinhas.
Largo o último fio de esperança
E me jogo no caos da realidade.

Um coração palpitante
Não chama mais por seu nome,
Ele agora entoa sambas tristes
E pianinho.

Largo meus planos,
Meu mundo,
Minha vida e me mudo para dentro de um tal Diogo.

Explorar os pensamentos escorregadios de um poeta sem fé,
Perdendo a confiança no amor e nos amigos de longa data.

Cortando o fio que me mantém vivo,
Cortando o fio da historia
Cortando o fio de ligação.

Ressentimentos?
Claro,
Meus sentimentos ruins nunca estiveram tão latentes
E isso me dá medo.

Uma gota negra mancha meu coração.



Don Diogo Ramalho

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